23/10/2024 às 14h57min - Atualizada em 23/10/2024 às 14h57min

Comandante-geral da PM é apontado como líder de grupo de policiais investigados por venda de armas e munições

Filhos do coronel Miramilton Goiano de Souza, que são policiais penais, ajudavam o pai com as vendas ilegais. Operação ocorreu nesta quarta-feira (22) em Boa Vista e Fernandópolis, no interior de São Paulo.

- Conteúdo: G1/RR
Comandante da PM de Roraima O comandante-geral da Polícia Militar de Roraima coronel Miramilton Goiano de Souza é apontado nas investigações da Polícia Federal como o líder do grupo criminoso investigado por venda ilegal de armas e munições no estado.

O coronel, conforme apurado pela Rede Amazônica, atuava, principalmente, com o apoio dos dois filhos Renê Pugsley de Souza e Reniê Pugsley de Souza, que são policiais penais — os três são suspeitos das vendas ilegais.

Em nota, publicada nas redes sociais, o comandante negou qualquer participação em crimes e não foi chamado para prestar esclarecimentos. Disse ainda que "sempre pautou sua atuação profissional pelo mais estrito cumprimento da lei" e que por ser policial militar tem armas legalizadas, além de registro de cac.

A investigação chegou ao nome de Miramilton após a prisão de um homem em Pacaraima em 2023, flagrado com uma arma. À época, um tenente, em nome do coronel, foi até a delegacia da PF saber se seria possível recuperar a arma que seria de Renê, o que levantou suspeitas dos investigadores.

A operação deflagrada nesta quarta tenta aprofundar as investigações da PF sobre o comércio ilegal de armas e munições. Foram feitas buscas e apreensões na casa do comandante, dos dois filhos deles, na casa do deputado Rarison e de outros policiais envolvidos.

Operações da PF
O deputado estadual e o comandante-geral da Polícia Militar de Roraima são alvos da Polícia Federal em duas operações que investigam a venda ilegal de armas de fogo e munições no estado. Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (23).

Dois filhos do coronel Miramilton, que são policiais penais, também são alvos de buscas da PF. Eles cursam medicina na cidade de Fernandópolis, interior de São Paulo, onde agentes federais cumprem duas ordens de apreensão.

Investigações da PF identificaram "uma intensa negociação de munições e armamentos pelos suspeitos", que ocorriam de forma ilegal. A operação foi deflagrada em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima.

O coronel Miramilton Goiano ocupa o mais alto posto da PM de Roraima desde fevereiro de 2023 quando foi nomeado pelo governador Denarium. Nos últimos meses, ele também passou a ser investigado pela Polícia Civil por suspeita de interferir no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no crime conhecido localmente como "Caso Surrão".

Além disso, durante a gestão de Miramilton ao menos 100 policiais militares passaram a ser investigados pelo MP por crimes como fazer parte de milícia, trabalhar para garimpeiros, roubar garimpeiros, tortura, sequestro, tráfico e homicídios.

Fonte: G1RR/Rede Amazônica
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