Vilson foi morto por uma colega de trabalho durante uma discussão por conta de um carregador de celular
Neste sábado (9), um trágico episódio abalou a Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Vilson da Silva Souza, técnico em enfermagem de 27 anos e indígena do povo Macuxi, perdeu a vida após ser atingido por uma flecha em meio a uma discussão com um agente de saúde indígena.
Vilson atuou na região há aproximadamente um ano, contribuindo para a saúde dos habitantes da área e integrando uma equipe de profissionais de diferentes etnias. O incidente ocorreu na comunidade de Maraxiú, localizada na região do polo base de Hakoma, um dos pontos de atuação da Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI).
Segundo informações divulgadas pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Serviços de Saúde de Roraima (Siemesp), a confusão entre Vilson e o agente de saúde indígena, cujo nome não foi divulgado, teria começado após um desentendimento envolvendo o carregamento de celulares.
Conforme relatado pela presidente do Siemesp, Joana Gouveia, o agente indígena teria iniciado uma discussão ao perceber que Vilson havia retirado seu celular do carregador para colocar o próprio aparelho. Vilson Souza também era indígena, mas do povo Macuxi, da comunidade Enseada em Uiramutã, percentualmente a região mais indígena do Brasil. Ele atuava com saúde na Terra Yanomami havia cerca de um ano.
“O Ministério da Saúde determinou o desligamento do agente indígena de saúde do cargo na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) da Aldeia Maraxiú. Ele foi acusado de matar um técnico de enfermagem, de 27 anos”, disse o Ministério (leia nota na íntegra abaixo).
Além disso, segundo o Ministério, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) “recomendou a retirada da equipe que atuava no território, movimento que é acompanhado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)”.
Vilson foi morto por uma colega de trabalho durante uma discussão por conta de um carregador de celular
