Denarium não terá mais a lealdade do deputado Chagas como seu lider na Assembleia Legislativa
Denarium não faz uso de princípios básicos para a manutenção de relacionamentos na política como gratidão e companheirismo.
O governador fez a opção de abandonar a candidatura da vereadora Aline Rezende, do seu partido, o PP, à Presidência da Câmara de Boa Vista, para resguardar a reeleição de Genilson Costa – investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e corrupção eleitoral.
Esse gesto de Denarium respingou na aliança com seu líder na Assembleia Legislativa, deputado Coronel Chagas, que anunciou nesta segunda-feira (6) haver largado o posto.
Denarium deu provas de quem não valoriza os esforços, favores, benefícios e toda a lealdade do parlamentar em benefício do Governo.
Chagas não cita motivos Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (7), Chagas não cita esse como o motivo para sua saída da liderança, mas destaca que outros parlamentares também deveriam ter a oportunidade de liderar o Governo no parlamento estadual.
“Somados os períodos – 3 meses em 2019 e mais 3 anos e 9 meses a partir de 2021 – foram 4 anos nessa missão. Durante todo esse período, procuramos defender os projetos encaminhados pelo Governo Denarium e ser o elo entre o Poder Executivo e o Legislativo, além de defender o governo em todas as questões e denúncias que surgiram nesse período”, disse, em nota.
Coronel Chagas afirmou ter tido a “honra” de ter ocupado a função e diz acreditar que cumpriu a missão “confiada pelo governador com lealdade e dedicação, obtendo êxito em todos os projetos defendidos”.
Segunda vez Esta é a segunda vez que o deputado entrega a função ao governador. A primeira vez foi em 2019.
À época, ele entregou a liderança por não concordar com o cancelamento dos concursos públicos para a Polícia Militar e para a Polícia Civil e com a reforma administrativa realizada pelo Poder Executivo.
Mas continuou fazendo parte da base aliada do governo e voltou a assumir a função em agosto de 2022, no lugar de Marcelo Cabral.
Encrencado Leandro Pereira, ex-prefeito de Rorainópolis, renunciou ao cargo, mas parece que ficou bem encrencado. O Ministério Público entrou com ação na Justiça pedindo sua condenação por improbidade administrativa e dano moral coletivo.
O MP encontrou várias falhas no processo de contratação de empresa para execução de serviços de limpeza e desobstrução de canais de igarapés, bueiros e do lixão da cidade.
Como, por exemplo, a modalidade da contratação, que foi por dispensa de licitação.
Conforme o MP, não havia nenhuma emergência para uma contratação emergencial. Além disso, a contratação se tratava de manutenção periódica de limpeza urbana, algo que deve acontecer com planejamento.
Outros contratos De acordo com o MP, a Prefeitura também abriu outras duas licitações com o mesmo objeto. Um contratado emergencial, sendo ambos executados de forma simultânea.
O órgão identificou ainda superfaturamento e valores pagos à empresa por serviços não executados.
Além da condenação por improbidade administrativa e dano moral coletivo no valor de R$ 2 milhões, o MP pede a anulação do contrato celebrado e devolução do valor desviado de quase R$ 5 milhões.
Mamata em Iracena O Ministério Público do Estado instaurou procedimento investigatório para avaliar a possível inconstitucionalidade do artigo 1º do Projeto de Lei nº 001/2025, apresentado em 2 de janeiro de 2025.
A proposta, aprovada na última sexta-feira, 3 de janeiro, pela Câmara de Vereadores de Iracema, concede ao ex-prefeito da cidade o direito de utilizar quatro servidores (efetivos, comissionados ou contratados) para sua segurança pessoal, com as despesas sendo custeadas por recursos da própria prefeitura.
A medida foi considerada suspeita pelo MPRR devido à sua aparente inconstitucionalidade, uma vez que foi aprovada em uma sessão extraordinária secreta, com a participação de todos os nove vereadores do município, e apresentada pela prefeita Marlene Saraiva.