10/01/2025 às 10h34min - Atualizada em 10/01/2025 às 10h34min

OPINIÃO: Nicolás Maduro, tirano e covarde

- *Por Plínio Vicente
Cartaz em protesto contra a posse de Nicolás Maduro é exibido por morador da Venezuela em Caracas. Foto: AFP
Nicolás Maduro é o tirano mais infame da história republicana da pátria de Simón Bolívar. Um tirano medroso e sem escrúpulos, que enviou os seus capangas para capturar à força María Corina Machado, a líder política dos venezuelanos. Uma mulher de coragem indomável, que age com a cara aberta, que se tornou o pior pesadelo de um regime descontrolado e desonesto, que suplantou a política pelo poder do dinheiro que roubou de todos os venezuelanos: do saque que para eles é a Venezuela, fonte de lucro pessoal e de grupo para esta máfia criminosa que destruiu a nação.

Maduro cometeu o pior ato de um governo pouco apresentável. Acusado de crimes contra a humanidade, absolutamente responsável pela destruição do país, que cometeu uma fraude eleitoral gigantesca e grotesca que o expôs ao mundo como um regime que havia enlouquecido. Agora ele está completamente perturbado e, no seu desespero, ataca María Corina Machado, cujas armas são a sua palavra, a sua coragem e um compromisso inabalável com o povo da Venezuela.

Se ainda lhe restasse algum motivo, se Deus o iluminasse no seu momento mais sombrio, depois da libertação ontem de María Corina Machado, deveria aceitar a verdade: a de que é indigno de ocupar a primeira magistratura da nação, que perdeu por uma votação esmagadora em 28 de julho. Além de um ato simulado e fraudulento, foi um tapa atroz na cara da decência, da democracia, do Estado se Direito, da Constituição e de todos os venezuelanos.

Os venezuelanos que saíram às ruas por todo o país, os que ficaram em suas casas atentos ao que acontecia, os que até simpatizaram em algum momento com a causa chavista, todos sujeitos à validade da letra da Carta Magna, estão obrigado a desobedecer imediatamente a um líder e à sua camarilha cruel que ameaça a segurança e a tranquilidade de todos os cidadãos.
O mundo democrático deve abster-se de qualquer presença, por mais diplomática que seja, que valide o regime acabado de Nicolás Maduro. O mundo democrático, de todas as partes, deve pressionar por uma negociação definitiva para a transferência do poder e a assunção de Edmundo González Urrutia, o legítimo presidente da Venezuela e comandante-em-chefe das Forças Armadas a partir de deste 10 de janeiro de 2025.

É chegada a hora final de uma tirania insuportável e irresponsável que envergonha o mundo do século XXI. É chegada a hora de todas as prisões abrirem. É chegada a hora de todos os venezuelanos, juntos, acabarem com este martírio e abrirem o caminho para a reunificação, a paz, a solidariedade e a justiça.

Os venezuelanos precisam e merecem recuperar seus direitos. Direito de sair às ruas pacificamente, como tem sido feito, e demonstrar mais uma vez a força de um povo corajoso. Direitos para restaurar a democracia, a liberdade, para que todos possam retornar à sua pátria e abraçar novamente as suas famílias.

Que a força popular se agigante contra o tirano e sua camarilha. Para que haja pátria, para que a pátria seja novamente a casa dos que, por medo de perderem a vida, se foram em busca de liberdade e de meios se sobrevivência; para que todos possam trabalhar, estudar progredir na vida e enfim poderem sonhar com um novo amanhã.

Sonho que só será possível sem o tirano que roubou as eleições. Tirano que envergonha a memória de Bolívar, que lutou e morreu por uma Venezuela livre, próspera e democrática, como a que conheci e admirei nos anos 80.


*Plinio Vicente - Jornalista

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