11/01/2025 às 07h40min - Atualizada em 11/01/2025 às 07h40min

DITADURA: Sobe para R$ 152 milhões a oferta pela captura de Nicolás Maduro

Os Estados Unidos anunciaram um aumento da recompensa, para US$ 25 milhões (R$ 152,4 milhões), por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro no dia em que ele tomou posse de um terceiro mandato de seis anos. A cerimônia de posse foi ofuscada por recriminações da comunidade internacional e dos líderes da oposição venezuelana.

Recompensas também foram oferecidas por informações que levem à prisão e/ou condenação do ministro do Interior, Diosdado Cabello.Uma nova recompensa de até US$ 15 milhões (R$ 91,4 milhões) para o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, também foi oferecida.

Maduro e Cabello são acusados pelo governo americano de narcoterrosimo. O Departamento de Estado também anunciou que continua vigente a denúncia contra o mandatário por envolvimento em operações para levar cocaína ao mercado dos EUA. Ofereceu ainda uma nova recompensa de US$ 15 milhões por informações sobre o ministro da Defesa e chefe do Exército, Vladimir Padrino López, principal figura da cúpula militar venezuelana.

Os EUA também impuseram sanções a oito altos funcionários venezuelanos, que "permitem a repressão" e a "subversão da democracia", incluindo o presidente da petrolífera PDVSA, Héctor Andrés Obregón, e o ministro dos Transportes e o chefe da Conviasa, a companhia aérea estatal, Ramón Celestino Velásquez, informou o Departamento do Tesouro nesta sexta.

Foram sancionados porque "permitem a repressão de Nicolás Maduro e a subversão da democracia na Venezuela", acrescentou. Autoridades americanas em uma entrevista coletiva por telefone qualificaram ainda a posse desta sexta como uma "farsa".

Ao mesmo tempo, a fim de "apoiar os venezuelanos", o governo Biden decidiu estender por 18 meses a proteção imigratória que concede permissões de residência e trabalho, conhecida como Status de Proteção Temporária (TPS). Pelo menos 7,5 milhões de venezuelanos deixaram seu país na última década. Uma fonte que falou sob condição de anonimato a repórteres, disse que o Departamento de Segurança Interna considera essa prorrogação "justificada" porque "a Venezuela continua a enfrentar crises políticas e econômicas" sob o governo Maduro, "com condições que contribuíram para altos níveis de criminalidade e violência”.

Já o Ministério das Relações Exteriores britânico anunciou, sanções contra quinze funcionários de alto escalão do governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, o qual chamou de "fraudulento". Em comunicado, a chancelaria destaca que "o resultado das eleições de julho não foi livre nem justo e seu regime não representa a vontade do povo venezuelano".

A oposição venezuelana também acusa fraude e classificou a cerimônia como "golpe de Estado”. Em comunicado, a principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária, disse: “Com a usurpação do poder por parte de Nicolás Maduro (...), apoiado pela força bruta e desconhecendo a soberania popular expressa de forma contundente em 28 de julho passado, consumou-se um golpe de Estado. González Urrutia é quem deve ser empossado”.
 
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