COLUNA DO PERÔNNICO: Telmário Mota está colhendo o que plantou

Poder, Política e Bastidores

07/02/2025 10h58 - Atualizado há 5 dias

A regra da vida é simples: “Se você planta o mal, é o mal que colherás, se planta o bem, é o bem que colherás”.

Podemos associar esse prodígio da natureza à situação vivida atualmente pelo ex-senador Telmário Mota – neste instante agonizando em uma cela imunda, como ele mesmo definiu – na Cadeia Pública de Boa Vista.

Telmário é vítima de suas próprias atitudes. Durante os 8 anos do mandato, outorgado por 96.888 roraimenses em 2014, Telmário não construiu nada, absolutamente nada que lhe adjudicasse para um prosseguimento bem sucedido na carreira política.

Tanto que na eleição seguinte, de 2022 quando disputu a reeleição, fracassou e as urnas lhe deram o ensinamento natural de que para colher algo bom tem que plantar sementes que germinem e dê frutos bons: amargou uma derrota com míseros 19.609 votos. E aí começou seu caminho rumo ao ‘inferno’.

Enquanto senador dedicou os 4 primeiros anos do mandato para satanizar a vida do ex-senador Romero Jucá, seu colega de plenário. Nos outros 4 – Romero Já fora do poder – Telmário manteve a idiotice de requentar as bobagens do período anterior.

E as sequelas do pouco valor que Telmário deu ao mandato e ao glamour como senador da República apareceram na sequência de sua derrota na campanha de 2022. Os ‘podres’ de Telmário afloraram com vigor.

Fora do poder e sem o amparo do foro privilegiado, Telmário virou preza fácil para a Justiça. Foi preso no ano seguinte – e na prisão é mantido hoje – sob acusação de ser o mandante do assassinato da mãe de sua filha.

Telmário é paciente também de sua forma defeituosa de lidar com seus relacionamentos. Por conta de seus rompantes não foi capaz de construir um ciclo consistente de aliados e amigos. Tanto que foi abandonado até por aqueles que ascenderam à sua sombra.

No Congresso Nacional, Telmário foi um desastre. A cada vez que ocupava a Tribuna do Senado, uma ‘pérola’ de seus pronunciamentos pitorescos ganhava as manchetes da imprensa histérica de Brasília. Lembram do “Planeta Nibirú, que colidiria com a terra?”. Pois bem... e sem o poder que o acudia, Telmário sucumbiu.

E Telmário continua na escuridão das trevas, habitante de um verdadeiro depósito de gente. Sua última aparição foi para pedir clemência, em janeiro deste ano.

Em uma “Carta Aberta a População” – como se o povo fosse se importar pelo seu estado degradante – Telmário escreveu:

“As alucinações tem me visitado com mais frequência, os tremores que antes atacavam minha mão esquerda, hoje tomam conta de toda a extensão do lado esquerdo do meu corpo, tenho a impressão que o Mal de Parkinson esteja avançado sobre mim”, diz.

E disse que havia passado um “Natal limpando fezes e urina jogados na minha cela e no meu corpo. A depender do tratamento que estão me dando na cadeia, não sei se viverei o suficiente para provar minha inocência. Liberdade é pouco, o que eu desejo é justiça. Enquanto posso falar, mesmo que por meio de carta, reafirmo, não matei, nem sei quem matou essa senhora! E para aqueles que tem o habito de julgar os outros, lembra que hoje sou eu, amanhã poderá ser você ou um dos seus. Tenho fome e sede de justiça!”, apelou o ex-senador.

É a lei da semeadura, meu caro Telmário. Essa é uma regra geral, na vida como na agricultura: se plantamos feijão não iremos colher trigo, e vice-versa. Se plantamos ódio, rancor, falta de perdão, não vamos colher amor, contentamento e perdão.


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