O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello voltou a ameaçar a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, por apoiar publicamente a presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe.
“Se nos pressionarem, nós os pressionaremos. Para bom entendedor, poucas palavras bastam”, disse Cabello na televisão estatal.
Durante o programa “Con el Mazo Dando”, Cabello reagiu a uma declaração de 28 de agosto da opositora de Nicolás Maduro: “Os venezuelanos estão certos de que essas movimentações não são contra a Venezuela. São contra uma estrutura de narcotráfico que está causando danos”, disse María Corina.
EUA atacam lancha venezuelana
Após os EUA posicionarem navios de guerra e um submarino nuclear em águas próximas à Venezuela, o presidente americano, Donald Trump, afirmou na terça-feira, 2, que o Exército americano neutralizou uma embarcação venezuelana “que transportava drogas” no sul do Caribe.
“Muitas drogas naquele barco. Vocês verão isso… aconteceu há poucos instantes… nosso grande General, chefe do Estado-Maior Conjunto [tem] sido incrível.” Quando vocês saírem [da sala de coletiva], vocês verão que, nos últimos minutos, atiramos em um barco que transportava drogas… e tem mais de onde isso veio… Eles vieram da Venezuela”, disse o republicano.
Em sua conta do X, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou a informação divulgada por Trump:
“Presidente anunciou há poucos instantes, hoje o exército dos EUA realizou um ataque letal no sul do Caribe contra um navio de drogas que havia partido da Venezuela e estava sendo operado por uma organização narcoterrorista designada”, escreveu.
Pressão militar
A ação americana ocorre em meio ao envio de três navios de guerra – USS Jason Dunham, USS Gravely e USS Sampson -, um cruzador USS Lake Erie e um submarino nuclear para perto do litoral venezuelano.
O governo Trump já havia deslocado navios de guerra, avião, submarino e cerca de 4.000 militares para o sul do Caribe.