Nesta quarta-feira (24), a Assembleia Legislativa de Roraima, parceira do programa Escritório Social do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lançou a segunda edição do projeto “Armário Social – despindo preconceitos, vestindo cidadania”. O evento ocorreu no Espaço Cultural Maria Luiza Vieira Campos, no hall da Casa Legislativa, e reuniu autoridades e servidores do poder judiciário e parlamento estadual.
A ação tem como objetivo arrecadar roupas masculinas, femininas e infantis, calçados em bom estado de conservação, brinquedos e itens de higiene pessoal. Os donativos são destinados a pessoas privadas de liberdade em saída temporária, custodiadas em audiências admonitórias, beneficiadas com alvarás de soltura, egressas do sistema prisional e familiares, com o intuito de fortalecer o processo de reinserção social.
Além da sede da ALERR, outros seis pontos de coleta já estão disponíveis: Instituto Federal de Roraima (IFRR), Universidade Federal (UFRR), Defensoria Pública do Estado (DPE-RR), Universidade Estadual (UERR), Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) e Fórum Criminal.
O presidente da Casa Legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), destacou que o parlamento roraimense tem ampliado a atuação social por meio do Escritório Social.
“Somos a única Casa Legislativa do país a abrigar esse programa. Hoje, lançamos pela segunda vez a campanha do ‘Armário Social’, que garante dignidade a quem sai do sistema prisional, oferecendo roupas e calçados em vez de ter que deixar a unidade apenas com o uniforme carcerário”, ressaltou o presidente do poder Legislativo.
O vice-presidente do TJRR, desembargador Almiro Padilha, frisou a relevância da iniciativa conjunta entre Judiciário e Legislativo.
“Muitas vezes essas pessoas não têm sequer uma calça ou um calçado ao sair do sistema. O objetivo do ‘Armário Social’ é oferecer o mínimo de dignidade, para que não sejam obrigados a andar nas ruas com o uniforme prisional, já marcados pelo preconceito”, explicou.
Já a coordenadora do Escritório Social, Décima Rosado, ressaltou a expectativa de ampliar o alcance da campanha. “Esperamos que a sociedade abrace essa causa, doando o que não usa mais, porque para alguém pode significar oportunidade e dignidade”, disse.
Entre os primeiros apoiadores está a servidora da ALERR Yane Barbosa, que fez doações ao projeto. “O que sobra na nossa casa pode fazer falta na vida de alguém. Por isso, não faz sentido acumular roupas e objetos que não usamos, se podem ser úteis a outras pessoas”, comentou.
O programa
O Escritório Social faz parte do programa Fazendo Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em Boa Vista, ele foi implantado por meio de um termo de cooperação técnica entre os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo do estado, sendo a Assembleia Legislativa de Roraima a principal parceira financeira e de logística do programa.
O Escritório Social presta auxílio psicológico, jurídico, social e administrativo aos egressos e pré-egressos do sistema prisional e seus familiares. Os interessados devem se dirigir ao novo endereço do programa, na rua Araújo Filho, nº 703, Centro, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (95) 98402-5931 ou ainda pelo e-mail [email protected].
