O treinamento da Operação Atlas, na qual uma equipe da 3ª Companhia de Forças Especiais (3ª Cia F Esp) está engajada, se transformou em uma missão de resgate de vida no final da tarde deste sábado (27). Graças à pronta resposta de uma equipe de saúde e de uma ambulância da Base Avançada da Força Tarefa de Operações Especiais, um morador da Comunidade Indígena Canta Galo, que sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi salvo.
O incidente ocorreu por volta das cinco horas da tarde, quando a equipe de saúde militar, desdobrada na comunidade SURUMU, foi acionada para prestar socorro. Diante da gravidade da situação, o médico da Força de Operações Especiais iniciou imediatamente o suporte avançado de vida, um procedimento crucial para reverter o quadro clínico. A rapidez foi fundamental, e a proatividade da equipe de saúde evitou o pior cenário.
Com o paciente estabilizado, a equipe contatou a central em Boa Vista-RR para solicitar uma ambulância. O veículo, pertencente à Base Avançada da Força Tarefa e que estava no local para o treinamento da Operação Atlas, agiu rapidamente. Caso o morador tivesse que aguardar a ambulância do SAMU, ele provavelmente não teria resistido. A evacuação, que ocorreu às 18h45, foi bem sucedida.
O morador foi encaminhado para o Hospital Geral de Roraima (HGR) com a companhia de uma médica da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que garantiu que a assistência médica continuasse durante o trajeto. O paciente deu entrada no hospital às 21h em situação estável, provando que a parceria entre as Forças Armadas e as instituições civis de saúde pode ser a diferença entre a vida e a morte em áreas de difícil acesso.
Sobre a Operação Atlas
A Operação Atlas é o maior exercício militar em 2025, coordenado pelo Ministério da Defesa para aprimorar a atuação das Forças Armadas na região amazônica. Envolvendo a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, a operação foca em testar a capacidade de deslocamento estratégico e a interoperabilidade das tropas em um dos ambientes mais desafiadores do país.
O treinamento inclui o uso de meios terrestres, aéreos e fluviais em cenários simulados, com o objetivo de fortalecer a soberania nacional e a capacidade de pronta resposta a diversas situações, como esta emergência médica.
Além de sua função primariamente militar, a Operação Atlas serve como uma plataforma para ações cívico-sociais. O incidente em Roraima destaca o papel crucial que as Forças Armadas desempenham no apoio humanitário às comunidades isoladas.
A presença de equipes médicas e de veículos de emergência, mesmo em um contexto de treinamento, demonstra como a logística e o preparo militar podem ser adaptados para salvar vidas, reforçando o compromisso das Forças Armadas com o bem-estar da população brasileira, especialmente nas áreas mais vulneráveis.