A educação em Roraima enfrenta um dos cenários mais graves do Brasil. O Estado figura entre os três piores do país, segundo os principais levantamentos nacionais, revelando baixos índices de aprendizado, falta de estrutura, carência de investimentos e de profissionais, além de uma gestão marcada pela omissão e pelo descaso.
Os números são contundentes. O Anuário Brasileiro da Educação e o Ranking de Competitividade dos Estadosapontam uma realidade alarmante. No Anuário, chama atenção o fechamento em massa de escolas: entre 2019 e 2024, 194 unidades educacionais simplesmente desapareceram do mapa em Roraima.
Já no Ranking de Competitividade, Roraima amarga a 23ª colocação no pilar de Educação, ficando entre as piores estruturas de ensino do país. O levantamento avalia critérios como frequência escolar, qualidade do ensino fundamental e médio e o IOEB (Índice de Oportunidades da Educação Brasileira).
Diante dessa tragédia educacional, a ex-prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, usou as redes sociais para repercutir os dados. “Em 2019, Roraima tinha 1.098 escolas. Hoje restam apenas 904. Se você também acha que essa conta não fecha, cobre soluções. O governo abandonou a Educação”, destacou.
Teresa reforçou ainda o sucateamento do setor. “Não é à toa que a Educação em Roraima está entre as 3 piores do Brasil. O governo sucateou o nosso ensino, com escolas de lona que alagam nas chuvas e viram um forno no calor. Além disso, nenhuma escola estadual foi construída nos últimos sete anos. E pra piorar, hoje nós temos 194 escolas a menos do que tínhamos em 2019. Chega! Roraima precisa de alguém que trate a Educação como prioridade”, finalizou Teresa.
Como resultado da falta de gestão na Educação de Roraima, o Anuário apontou algo ainda mais grave. Apenas 3,3% dos estudantes que concluem o ensino médio até os 19 anos saem com aprendizagem adequada em língua portuguesa e em matemática na terceira série.