TENSÃO NA FRONTEIRA: Cconheça o bombardeiro B-52, que sobrevoou a costa da Venezuela

Três aeronaves do modelo foram vistos sobre uma região próxima da Venezuela na quarta (15), indicando que se juntaram à já grande presença militar dos EUA no mar do Caribe. Governos Trump e Maduro vivem escalada de tensões com iminente ataque americano.

16/10/2025 18h21 - Atualizado há 3 horas
TENSÃO NA FRONTEIRA: Cconheça o bombardeiro B-52, que sobrevoou a costa da Venezuela
O -52 é peça-chave da força aérea americana em diversas guerras ao longo do século 20, como no Vietnã e no Golfo.

Três bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos foram vistos sobrevoando uma região muito próxima da Venezuela na quarta-feira (15), mesmo dia em que o presidente Donald Trump confirmou que autorizou operações secretas da CIA em território venezuelano.

As aeronaves se juntam a uma frota militar composta por pelo menos oito navios americanos, um submarino nuclear e um esquadrão de caças de guerra F-35 que está estacionada no mar do Caribe em meio a uma escalada de tensões entre o governo Trump e o regime Maduro.

O B-52 é um modelo fabricado pela Boeing, com capacidade para ataque nuclear. O avião carrega armas de alta precisão e pode voar por mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer. É considerado a espinha dorsal da força de bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos. (Veja mais sobre o bombardeiro em infográfico abaixo)

As aeronaves americanas foram vistas sobrevoando a chamada “FIR” —Região de Informação de Voo, na sigla em inglês—, área fora do território venezuelano, mas sob jurisdição do país. Segundo imagens do site de monitoramento aéreo FlightRadar, a rota traçada pelos aviões lembrava um desenho obsceno, o que pode integrar uma estratégia de guerra psicológica do governo Trump.

Segundo a Boeing, o B-52 é "o bombardeiro mais capaz em combate do arsenal americano" e "um elemento essencial da estratégia de segurança nacional dos EUA". A aeronave fornece ao Exército dos EUA "capacidade imediata de ataque global" por sua capacidade de carregar armamentos de longo alcance e também precisão, sejam eles convencionais ou nucleares.

"Em conflitos convencionais, o B-52 pode realizar ataques estratégicos, apoio aéreo aproximado, interdição aérea, operações ofensivas de contramedidas e missões marítimas", afirmou a Força Aérea dos EUA em seu site.

Os B-52 têm oito motores e são operados pela Força Aérea americana e a Nasa. Ao todo, 744 unidades do bombardeiro foram fabricadas até hoje. Apesar do tamanho, esses bombardeiros levam apenas cinco tripulantes: piloto, copiloto, oficial de sistemas de combate, navegador e um oficial de combate eletrônico.

Segundo a Força Aérea americana, os B-52 podem ainda ser equipados com dois sensores ópticos, um sistema infravermelho de visão frontal e pods de mira avançados, que aumentam a capacidade de ataque e eficiência de combate dos bombardeiros. Em operações noturnas, os tripulantes dos B-52 utilizam óculos de visão noturna para melhorar a visibilidade.


FONTE: Reuters
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