27/06/2023 às 07h16min - Atualizada em 27/06/2023 às 07h16min

Presidente do Ibama denuncia que ainda há garimpeiros na terra Indígena Yanomami em Roraima.

PF não detecta alertas de garimpo na terra Yanomami há mais de 30 dias. Presidente do Ibama, porém, admite que ainda há garimpeiros na área.


 
Polícia Federal (PF) informou, nesta semana, que não identifica alertas de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami em Roraima há 33 dias. No entanto, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, declarou que ainda há garimpeiros dentro do território protegido.
 
 
“A gente sabe que ainda tem garimpeiro lá dentro. Eles estão fazendo mineração à noite para não serem flagrados pelos helicópteros, pela equipe de fiscalização. Eles estão evitando fazer desmatamento, mas continuam cavando, procurando o ouro lá dentro. Então esse é um trabalho [de fiscalização] que não vai parar”, disse Rodrigo Agostinho.

O monitoramento da Polícia Federal é realizado por meio de imagens capturadas por satélites. Apesar de as gravações ocorrerem diariamente, elas só são analisadas a cada sete dias pelos agentes federais.

A Polícia Federal e o Ibama realizam operações em conjunto para impedir o avanço do garimpo ilegal dentro das terras indígenas. As ações dos agentes têm como intuito identificar os responsáveis e inutilizar os equipamentos usados na extração de minérios.

“Nós vamos estar trabalhando para localizar esses últimos garimpeiros que ainda estão lá dentro. Nós estamos começando agora operações em outras terras indígenas, como a Terra Indígena Munduruku, Kaiapó, Trincheira/Bacajá”, ressaltou o presidente do Ibama.

Terra Yanomami

A presença de garimpeiros ilegais dentro da TI Yanomami provocou uma crise humanitária na região, com a disparada de casos de malária e contaminação de alimentos e rios.

No início de 2023, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto determinando a atuação de agentes para retirada de garimpeiros ilegais e amparo das comunidades indígenas afetadas.


 
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