Boa Vista completa 133 anos no próximo domingo, 9 de Julho. E quando o assunto é educação, a capital mais setentrional do Brasil é referência não só na região Norte, mas em todo o mundo. Com foco na primeira infância, a Rede Municipal de Ensino é exemplo de cuidado e compromisso, transformando vidas por meio de diversos projetos e iniciativas inovadoras.
Boa Vista é uma das capitais brasileiras que tem a educação como prioridade, para a qual são direcionados investimentos, visando o futuro do país. Além disso, as escolas municipais estão entre as mais seguras do Brasil, visto que todas as unidades localizadas na zona urbana contam com câmeras de monitoramento, a maioria é acompanhada em tempo real por profissionais da Guarda Civil Municipal (GCM).
Vamos conhecer algumas dessas iniciativas?
MAIS VAGAS – Por meio do Maior Programa de Ampliação de Escolas e Creches de Boa Vista, a prefeitura praticamente dobrou o número de vagas ofertadas para crianças de 2 a 3 anos e 11 meses. Para se ter uma ideia, em apenas dois anos, foram entregues 8 novas creches, proporcionando a criação de 2.044 vagas criadas nesta modalidade. O programa segue com obras que incluem a construção e ampliação de unidades, o que deve aumentar a oferta de vagas.
Todas as creches seguem o mesmo padrão de qualidade. As crianças têm uma rotina de aprendizado que já começa desde a entrada da unidade. As aulas são dinamizadas por um professor pedagogo, conforme as diretrizes do Currículo da Educação Infantil.
As crianças, que ficam em período integral, recebem quatro refeições diárias (café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde). A alimentação é balanceada, seguindo o cardápio elaborado por nutricionistas. Durante as reuniões mensais com os pais, as crianças também recebem três latas de leite para garantir o complemento alimentar.
BEM-TE-VI – Desde abril deste ano, a Prefeitura de Boa Vista desenvolve o Projeto Oftalmológico Bem-Te-Vi, que garante entrega gratuita de óculos para alunos regularmente matriculados na Rede Municipal de Ensino. A ideia é garantir que os alunos tenham 100% de aproveitamento das aulas.
A identificação dos casos acontece por meio de triagem, que está sendo promovida em todas as modalidades de ensino: Creches, Pré-Escolas, Ensino Fundamental, Escolas Indígenas e do Campo, como também para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Para isso, a prefeitura conta com uso de um aparelho de alta tecnologia, pioneiro na região Norte e utilizado somente em duas cidades brasileiras. Todo o processo acontece nas próprias escolas como forma de garantir mais segurança e comodidade aos alunos e familiares. Os óculos são entregues em até 30 dias.
CENTRO DE AUTISMO – A capital passou a contar com o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista, da Rede Municipal de Ensino, inaugurado em maio deste ano. A unidade chegou para fortalecer, ainda mais, a assistência aos alunos com autismo, atendidos nas escolas municipais.
Isso porque 67 escolas da rede contam com as chamadas “Salas de Recursos Multifuncionais”, onde acontecem atendimentos educacionais especializados, voltados não só aos alunos com autismo, mas também para aqueles considerados público-alvo, entre crianças com deficiência física, intelectual, auditiva e/ou visual e alunos com altas habilidades.
Com foco na educação inclusiva, o Centro atende crianças entre 2 e 12 anos, oferecendo atendimentos nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, pedagogia, arte, educação física e serviço social. O encaminhamento à unidade fica por conta das próprias escolas, conforme necessidade.
RESPEITO À TRADIÇÃO INDÍGENA – Atualmente, são atendidos em torno de 900 alunos nas 12 escolas indígenas e 1.250 nas unidades do campo. Nas unidades indígenas, os alunos têm a oportunidade de aprender Macuxi e/ou Wapichana, componente de Língua Materna.
As unidades contam com mesmo padrão de qualidade das urbanas, com algumas especificidades adicionais, entre elas: café da manhã aos alunos; transporte escolar; cardápio adequado às necessidades nutricionais das crianças, levando em consideração a alimentação tradicional das comunidades.