08/07/2023 às 17h13min - Atualizada em 08/07/2023 às 17h13min

BOA VISTA 133 ANOS: Políticas voltadas à educação, saúde e social transformaram a cidade na Capital da Primeira Infância.

As políticas da Primeira Infância começaram a ser implementadas em 2013, por meio do programa Família Que Acolhe (FQA).

- Informações e fotos: Secom/Prefeitura



Conhecida como a cidade onde criança é prioridade, Boa Vista celebra seus 133 anos ostentando um título que enche de orgulho seus habitantes: Capital da Primeira Infância. Este reconhecimento nacional e internacional se deve, em grande parte, ao programa Família Que Acolhe (FQA), que, em 2013, marcou o início das políticas públicas voltadas para os pequenos cidadãos.

O programa envolve um conjunto de ações integradas de saúde, educação e social, visando o cuidado às crianças desde a gestação até os seis anos. Desde seu lançamento, o FQA já atendeu 29.819 gestantes. Atualmente o programa conta com 8.093 participantes ativas.

Segundo a coordenadora do FQA, Elane Florêncio, o programa oferece um kit de enxoval para as gestantes e mães participantes. Esse kit inclui uma bolsa com roupas, fraldas, banheira com kit de higiene e outros itens essenciais para o cuidado do bebê.

“O programa também oferece leite para as mães que param de alimentar os bebês exclusivamente com leite materno. Esse benefício é concedido àquelas mães que cumprem os critérios de frequência e assiduidade nos encontros e atividades”, explicou.



Ela ressalta que o objetivo principal do programa não é apenas oferecer benefícios materiais, mas sim promover acompanhamento e apoio para as gestantes e mães em situação de vulnerabilidade social. O acompanhamento contribui para o desenvolvimento saudável da criança e fortalece os vínculos familiares e comunitários, através de encontros quinzenais que começam na gestação e vão até os primeiros anos de vida da criança.

"Na primeira reunião, as participantes são incluídas em uma turma com outras gestantes e mães na mesma faixa etária do bebê. São abordados temas como saúde gestacional, sinais de trabalho de parto, importância da amamentação, malefícios do álcool e drogas durante a gestação, planejamento familiar, desenvolvimento da criança e estímulos adequados para a primeira infância", explicou.

As beneficiárias têm a oportunidade de participar de rodas de conversa sobre temas relacionados à primeira infância. Isso porque o FQA tem um currículo programado e, no ato do cadastro, é entregue um calendário com as datas dos encontros.

Moradora do bairro Pintolândia, Débora Nascimento é uma das beneficiárias do programa. Mãe da pequena Rebeca, de dois anos, e de Daniel, de apenas seis meses, conheceu o programa na segunda gestação, por indicação de uma enfermeira. Para ela, o FQA teve um impacto significativo em sua vida.

"Fiquei muito grata pelo enxoval. Me ajudou muito em um momento de necessidade. O programa é muito bom, pois após o nascimento da minha filha, continuei a receber leite até ela completar um ano, isso foi muito bom para mim", diz ela, emocionada.

Além dos benefícios materiais, Débora enfatiza que aprendeu muito sobre o desenvolvimento infantil. "Aprendi que enquanto a criança brinca, ela se desenvolve. Fui incentivada a amamentar e não desistir da amamentação. Além do incentivo material como a vaga na creche, o leite e o enxoval, há um estímulo ao desenvolvimento da criança".

Políticas além do FQA


O título de Capital da Primeira Infância não está atrelado apenas ao FQA. Boa Vista se destaca como um exemplo de como políticas públicas podem ter um impacto significativo na vida das crianças e da comunidade em geral. As iniciativas não se limitam apenas à educação formal, mas abrangem uma variedade de setores que contribuem para um ambiente propício ao desenvolvimento saudável da criança. 

Os espaços públicos, como praças e abrigos de ônibus temáticos, foram projetados para serem acolhedores e seguros para as crianças. Essas iniciativas, em conjunto com um sistema de saúde que enfoca o bem-estar das gestantes e das crianças, demonstram compromisso com a promoção do desenvolvimento infantil.

Urban95 – Em 2018, Boa Vista aderiu ao projeto Urban95, uma iniciativa da Fundação Bernard Van Leer, que busca remodelar a cidade sob a perspectiva de uma criança de três anos, que têm em média 95 centímetros de altura, que é também a altura média de uma pessoa em uma cadeira de rodas.

O projeto propõe mudanças significativas no planejamento urbano, nas estratégias de mobilidade e nos programas e serviços públicos, para criar um ambiente mais saudável e propício para o desenvolvimento de bebês, crianças pequenas e suas famílias.

Pacto pela Primeira Infância – O prefeito Arthur Henrique firmou recentemente um compromisso com a rede global "Cidades das Crianças". Este pacto, que inclui mais de 65 cidades em 15 países, foi projetado para fortalecer e promover políticas públicas focadas nos direitos fundamentais das crianças.

A adesão a essa rede marca um passo significativo para Boa Vista, já reconhecida em todo o país como a Capital da Primeira Infância, na medida em que procura aprofundar o impacto e a eficácia de suas políticas públicas voltadas para a infância.

 
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