14/07/2023 às 08h44min - Atualizada em 14/07/2023 às 08h44min
Na Venezuela ditadura de Nicolás Maduro veta observadores europeus em "eleição" do ano que vem.
Chavista Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, afirmou que a Venezuela não permitirá o acesso de representantes da "Europa escravista".
A ditadura de Nicolás Maduro (foto) na Venezuela anunciou nesta quinta-feira (13) que não permitirá a presença de observadores da União Europeia nas “eleições” presidenciais de 2024 —uma encenação planejada para que o ditador se mantenha no poder.
O anúncio foi feito por um dos chavistas mais fiéis, Jorge Rodríguez, que foi vice-presidente na gestão de Hugo Chávez e hoje preside a Assembleia Nacional venezuelana. E a justificativa é ridícula até para os altíssimos padrões de ridículo do regime:
“Eu lhe digo, Josep Borrell [chefe da diplomacia da UE]: aqui não virá nenhuma missão de observação da Europa enquanto nós formos os representantes do Estado venezuelano”, declarou Rodríguez durante uma sessão do Parlamento, segundo a agência AFP. “Não voltam por serem rudes, colonialistas, representantes desta antiga Europa imperial, assassina, escravista. Aqui não voltam”, acrescentou.
Ao contrário da Venezuela, a União Europeia é um bloco de estados democráticos. O discurso da “Europa escravista” é só desculpa esfarrapada para que o chavismo vete observadores independentes e fraude o pleito (ainda mais) à vontade.