Trata-se de um exemplo de Tepui, uma espécie de monte em formato de mesa. Com formação abrupta, algumas de suas características são paredes muito verticais e cimo plano. Montes desse tipo são encontrados em grande número no planalto das Guianas, mas o Monte Roraima é de longe o mais impressionante.
Apesar de estar localizado em uma região bastante remota da América do Sul, o acesso é relativamente fácil através do território venezuelano, já que a região está próxima a uma rota internacional. A continuação da rodovia BR-174, que liga Carúpano, na costa do Caribe, à cidade brasileira Cáceres, passa a oeste do Monte Roraima.
Devido à sua proximidade com o Equador, o clima que predomina na região é o tropical. Suas temperaturas médias não mudam muito ao longo do ano, permanecendo sempre por volta de 20 a 22ºC. No topo, a temperatura é menor e varia entre 2 e 10ºC. Anualmente, são registrados acumulados de chuva entre 1500 e 3000 mm, o que mantém a umidade relativa do ar alta.
A chuva consistente transformou o platô do monte Roraima em uma superfície de tipo pseudo-carste, onde a dissolução das rochas formou relevos ricos e cheios de cavernas, covas e canais. Este ambiente é extremamente diferente das florestas ao redor do monte.
Como resultado, um grande número de espécies de flora e fauna endêmicas se formaram na região - répteis e anfíbios que são encontrados apenas no monte Roraima, e plantas carnívoras que retiram dos insetos os nutrientes que faltam no solo. A maior parte das espécies da região, no entanto, ainda não foi registrada e permanece desconhecida.
A partir da década de 80, o monte Roraima começou a se popularizar entre alpinistas e outros esportistas. A escalada a pé dura de 3 a 5 dias, se dá através de uma rota natural a sudeste do monte, e não requer nenhum equipamento ou treinamento especial - embora alguns córregos e pequenas cachoeiras sejam difíceis de se cruzar sob chuva forte. Vale a visita!
Texto: Mateus Manente/Meteored.com.br