18/08/2023 às 13h38min - Atualizada em 18/08/2023 às 13h38min

Polícia Federal encontra mais de R$ 3 milhões em operação contra desvio de verbas na Universidade Estadual de RR.

Empresa envolvida venceu uma licitação no valor de R$ 16 milhões na Uerr há menos de uma semana.

- Com informações do g1/RR
Pacotes de dinheiro foram apreendidos pela Polícia Federal escondidos na casa de um empresário de Boa Vista. Foto:PF
 

 A Polícia Federal cumpriu, na noite desta quinta (17), dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Organizações Criminosas da Justiça Estadual de Roraima. A PF obteve informações que indicariam o saque de um possível pagamento de propinas relacionado à contratação de uma empresa de engenharia. A empresa teria sido vencedora de uma licitação, no valor de 16 milhões de reais, pela Universidade Estadual de Roraima há menos de uma semana.

A empresa investigada é do ramo de engenharia e há menos de uma semana venceu uma licitação de R$ 16 milhões na UERR, segundo a PF. O valor milionário apreendido era para pagar propina relacionadas ao esquema criminoso.

Os mandados foram cumpridos na empresa e na casa do irmão de um dos sócios, onde foram localizados R$ 3.200.000,00, além de apreendidos celulares e documentos que corroborariam com a linha investigativa. Os valores estavam escondidos em sacos de lixo. Também foram apreendidos quase 5 mil litros de combustíveis, os quais estavam acondicionados de forma irregular na residência onde estava o dinheiro. 

Uma imagem feita durante a ação registrou a pilha de notas de R$ 50 e R$ 100. Os fardos de dinheiro, que estavam escondidos dentro de sacos de lixo, foram encontrados pela PF nos fundos da casa do irmão de um empresário suspeito de participar do esquema, em Boa Vista. Os sacos com o dinheiro estava atrás de umas telhas. No local, também foram apreendidos quase 5 mil litros de combustíveis armazenados de forma irregular.

Saque de grande valor
A PF chegou ate o local após a investigação indicar que seria feito em Boa Vista um saque de grande valor que seria feito para honrar um esquema de pagamento de propina relacionado à licitação na UERR. As buscas em endereços ligados aos investigados foram feitas por ordem da Vara de Organizações Criminosas da Justiça de Roraima.

Os R$ 3,2 milhões apreendidos seria para o pagamento da propina, o que não ocorreu porque a polícia chegou antes. Foram cumpridos mandados de buscas e apreensão na casa do irmão de um dos sócios da empresa - onde foram localizados os R$ 3,2 milhões, e na sede da firma. Também foram apreendidos celulares e documentos que devem usados na investigação.
As investigações agora continuam para apurar quem seriam os destinatários da suspeita de corrupção e qual a dinâmica do esquema e dos envolvido
s.

Outro lado

A assessoria de comunicação da Universidade Estadual de Roraima informou que a instituição não recebeu nenhuma comunicação oficial da Polícia Federal ou da Justiça, acerca das informações divulgadas, nem foi alvo de qualquer ação em todas as suas unidades administrativas e educacionais, mas adianta estar à disposição para colaborar no que for necessário, para que todos os fatos sejam esclarecidos, no intuito de resguardar o interesse público.

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