A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) projeta que a Guiana liderará o crescimento regional em 2025, com expansão de 17,8% do PIB, mesmo em um cenário de desaceleração gradual.
Os dados, divulgados no Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2024, indicam que o país mantém taxas elevadas após anos de crise, com 63,3% em 2022 e 39,2% em 2023, reduzindo para 29,2% em 2024 e 17,8% para este ano.
Apesar do destaque Guiana, outras economias apresentam desempenho relevante: a Argentina de Milei deve se recuperar parcialmente da queda de 3,5% do PIB em 2024 e crescer 5% em 2025, e a República Dominicana (4,5%) também segue em ritmo sólido. O Brasil deve crescer 2,1% em 2025, levemente abaixo da média de 2,3% projetada para o continente.
Por que a Guiana cresce tanto?
Nos anos anteriores, já havíamos noticiado a importância da Guiana no cenário econômico do continente latinoamericano, impulsionado majoritariamente por conta da exploração petroleira no único país falante de inglês da América do Sul.
Com a presença de petroleiras gigantes no país explorando o petróleo que hoje se encontra na chamada Margem Equatorial - que virou tema de debate aqui no Brasil -, os guianenses tem visto um crescimento econômico rápido e pujante.
Desde 2015, o país — antes um dos mais pobres da região — tornou-se alvo de investimentos bilionários de multinacionais como ExxonMobil, Hess e CNOOC, que já operam mais de 30 poços no bloco Stabroek, localizado na costa do país.