06/09/2023 às 08h33min - Atualizada em 06/09/2023 às 08h33min

Pequenos negócios geram 80% das vagas de emprego em julho: média de 3,6 mil postos criados por dia.

Índice é o segundo melhor resultado deste ano, embalado pela confiança na economia.

- Fonte: Sebrae/Roraima
 

A participação das pequenas empresas na geração de empregos no Brasil alcançou, em julho, o segundo melhor resultado do ano. Das 142,7 mil vagas criadas no mês, 113,8 mil foram abertas pelas micro e pequenas empresas (MPE) – o que representa quase 80% do total. Em média, as MPE geraram 3.670 vagas de emprego por dia em julho. O índice só é inferior, em 2023, ao registrado em janeiro, quando as MPE foram responsáveis por 81% do montante de contratações.

Os números são de um levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados do Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que considera o saldo de empregos (contratação já descontadas as demissões). De acordo com o estudo, o resultado alcançado pelas MPE em julho de 2023 foi proporcionalmente melhor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando os empreendimentos de micro e pequeno porte responderam por 70% das vagas de trabalho.

No acumulado de 2023, o Brasil já conta com 1,2 milhão de empregos gerados, sendo 71% (825,4 mil) nas micro e pequenas empresas. Já as médias e grandes acumularam 191,7 mil novos empregos, representando 16,4% das contratações.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o resultado confirma as boas expectativas dos empreendedores com a retomada da economia.

“A partir de indicadores cada vez mais positivos, somados ao controle da inflação e à perspectiva de continuidade na queda da taxa de juros, os donos de pequenos negócios estão retomando o otimismo. É a confiança de que o país é capaz de acelerar o ritmo de crescimento que faz os empreendedores criarem vagas de emprego”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

comenta Décio.

Serviços continuam em alta

Os grandes destaques entre as MPE, em julho, foram os setores de Serviços (46,7 mil vagas), Construção (26,1 mil vagas) e Comércio (25 mil vagas). Entre as médias e grandes empresas, com exceção do Setor de Construção (-789 vagas), todos os demais setores apresentaram saldos de empregos positivos.

Similar ao que ocorreu em junho, salvo por uma pequena mudança na ordem das duas primeiras atividades, as principais ocupações no mês passado entre as MPE foram construção de edifícios (8,6 mil vagas), restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (5,8 mil), e transporte rodoviário de carga (4,4 mil). Já para as médias e grandes empresas, as principais CNAEs foram fabricação de álcool (3,4 mil), atividades de atendimento hospitalar (2,6 mil) e atividades de apoio à agricultura (2,2 mil).

No acumulado de janeiro a julho deste ano, continuaram liderando entre as micro e pequenas empresas as atividades de construção de edifícios (58,5 mil vagas), o transporte rodoviário de carga (36,7 mil) e restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (34,2 mil). Para as médias e grandes empresas, no acumulado no mesmo período, as atividades de atendimento hospitalar (18,3 mil vagas), construção de rodovias e ferrovias (13,8 mil) e ensino fundamental (12,9 mil) continuaram liderando, à semelhança do que ocorreu em junho.

Em Roraima

Conforme dados do Caged, foram criados 228 postos de trabalho em Roraima, com a maioria deles concentrados nos setores de serviços e construção. As principais atividades que contribuíram para esse aumento de empregos foram: serviços combinados de escritório e apoio administrativo, locação de mão-de-obra temporária e comércio atacadista especializado de materiais de construção.


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