11/09/2023 às 06h26min - Atualizada em 11/09/2023 às 06h26min

OPERAÇÃO HIPÓXIA: Roger Pimentel se entrega à Polícia Federal.

Roger Henrique Pimentel é alvo de um mandado de prisão, no entanto, os policiais federais não conseguiram localiza-lo em Boa vista e ele era considerado como foragido da Justiça.

- Com informações do Roraima em Tempo
Róger estava sendo procurado pela Polícia Federal desde a semana passada, depois de ter a prisão decretada.

O empresário Roger Pimentel, envolvido em esquema de corrupção junto ao DSEI-Yanonami (órgão federal que cuida da saúde indígena em Roraima), se entregou à Polícia Federal (PF) em Brasília neste sábado (9).

Ele estava foragido da Justiça desde a última quarta-feira (6). Roger foi recambiado para a capital roraimense na madrugada deste domingo (10). Ele se apresentou à PF acompanhado de uma advogada.

A prisão de Róger foi decretada no âmbio da Operação Hipóxia, da Polícia Federal, deflagrada na semana passada para combater irregularidades na aquisição de serviços de recarga de oxigênio pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Yanomami).

As investigações começaram após denúncia no Ministério Público Federal (MPF) de possível fraude em pregão eletrônico realizado em 2022. O objeto era a contratação de recarga de oxigênio.

Desse modo, a partir do pedido do MPF, a CGU realizou análise da licitação e constatou, dentre outras irregularidades, desqualificação indevida de licitante, ausência de separação de funções e superfaturamento devido à entrega em quantidade menor do produto. Como resultado das investigações, os auditores apuraram prejuízo de R$ 964.544,77, o que corresponde a 89,89% do valor pago.


Operação Yoasi

A empresa de Roger também já foi alvo de outra ação da Polícia Federal. No dia 30 de novembro do ano passado, a PF, bem como o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Yoasi, onde cumpriram mandados de busca e apreensão na empresa Balme Empreendimentos. O intuito era investigar desvio de medicamentos no Dsei Yanomami.

O MPF identificou, dentre outras irregularidades, o recebimento do vermífugo albendazol em quantidades inferiores ao adquirido pelo órgão. Além deste remédio, as suspeitas são que apenas 30% de mais de 90 tipos de medicamentos fornecidos teriam sido devidamente entregues. Por outro lado, um relatório do Ministério da Saúde (MS) apontou um desvio de cerca de 90% nos medicamentos no Dsei-Yanomami.

De acordo com o MS, em um dos processos a empresa Balme Empreendimentos recebeu R$ 1.072.985,66. Contudo, forneceu medicamentos referentes a R$ 108.413,89. Ou seja, forneceu apenas cerca de 10% pelo valor que recebeu.


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