A ditadura da Venezuela anunciou neste sábado (2) ter sido informada sobre a decisão da Corte Internacional de Justiça proibindo o país de tentar anexar Essequibo, a região rica em petróleo da Guiana.
No comunicado, Caracas disse não reconhecer a competência do Tribunal para resolver a questão, “especialmente tendo em conta a existência do Acordo de Genebra de 1966”.
“Nada no direito internacional permitia ao Tribunal interferir nos assuntos internos da Venezuela, nem procurar proibir ou modificar um ato soberano organizado no âmbito do seu sistema político participativo e baseado na sua Constituição.”
O governo venezuelano disse ainda que a Guiana tem “violado repetidamente” o Acordo de Genebra e o direito internacional ao fazer “concessões unilaterais” no território e “facilitar o seu território para destacamentos militares da principal potência beligerante [EUA] do planeta”.
O regime de Nicolás Maduro convocou um referendo para o domingo, 3, pela anexação da região de Essequibo, que equivale a 70% do território da Guiana. Essequibo é uma região com uma área de 160 mil quilômetros quadrados. Em 2015, foram descobertas reservas de petróleo equivalentes a 11 bilhões de barris nessa área.