24/01/2024 às 19h46min - Atualizada em 24/01/2024 às 19h46min

Rodrigo Cataratas é indiciado pela PF por financiar ataques ao Ibama

Em setembro de 2020, um grupo destruiu um carro do instituto e, cinco dias depois, invadiu o pátio da Polícia Federal, em Boa Vista, para incendiar um helicóptero de combate ao garimpo ilegal na Terra Yanomami.

- Fonte: PF

A Polícia Federal (PF) indiciou o empresário pró-garimpo Rodrigo Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, e outras seis pessoas suspeitas de destruir um carro do Ibama e de invadir o pátio da PF para tentar incendiar um helicóptero do órgão ambiental. Os dois ataques ocorreram em setembro de 2021, em Boa Vista, Roraima.

De acordo com a PF, ataques teriam sido financiados por Rodrigo Cataratas. A PF aponta ainda que ele seria um dos 100 membros de um grupo de mensagens de aplicativo responsável por idealizar os atentados.

Os ataques ocorreram em retaliação às ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, entre 26 de agosto e 7 de setembro de 2021.

O primeiro atentado foi em 7 de setembro, quando um carro do Ibama foi destruído. No dia 12 daquele mês, os suspeitos teriam invadido a Superintendência da Polícia Federal em Roraima e tentado incendiar um helicóptero do Ibama usado na repressão de crimes ambientais no estado.

Todos os suspeitos foram indiciados por envolvimento direto nos atentados. As penas, somadas, podem ultrapassar nove anos de reclusão.

DEZ PASSAGENS

Rodrigo Cataratas, que possui ao menos outras dez passagens pela polícia, foi candidato a deputado federal por Roraima pelo PL. Em setembro de 2022, o empresário foi preso em flagrante, em Boa Vista, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por suposta compra de votos.

Durante a ação, foram encontrados no carro de Rodrigo Cataratas R$ 6.136 em espécie, propagandas do candidato, uma lista com nomes de eleitores e os valores que deveriam ser pagos a cada um deles. Ele estava acompanhado de uma fotógrafa de sua campanha e de um amigo.

Rodrigo Cataratas também foi alvo da Polícia Federal em investigações que apuram o financiamento da atividade irregular em área de proteção.


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