07/02/2024 às 08h24min - Atualizada em 07/02/2024 às 08h24min
CONFIDENCIAL | Haiplan, investigada pela PF por superfaturar máscara em plena Covid, tem R$ 17 milhões a receber do Governo Denarium. por Expedito Perônnico
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Cecília deixou várias dívidas reconhecidas antes de ser afastada. Uma delas de R$ 17 mi para a Haiplan. Está no Diário Oficial do Estado, edição N°: 4609, de segunda-feira, 29 de janeiro, três pagamentos autorizados pela ex-secretária de Saúde, Cecília Smith Lorenzon Basso, em favor empresa Haiplan Comércio e Serviços [CNPJ- CNPJ Nº 03.094.036/0001-70].
Quem não se lembra da Haiplan? É aquela empresa, que segundo relatórios da Polícia Federal, superfaturou preços na venda de equipamentos de proteção individual (EPI) ao Governo de Roraima em plena pandemia da Covid-19.
Pois bem, para esta empresa, a Haiplan, Cecília foi generosa ao deixar assinados três pagamentos vultosos, por meio do Termo de Reconhecimento de Dívida que somam a bagatela de: R$ 17 milhões.
Os documentos foram assinados eletronicamente por Cecília no dia 25 de janeiro deste ano e publicados no Diário Oficial do Estado no dia 29. Quatro dias depois estourou a Operação Higeia, que resultou em mandados de busca e apreensão na Sesau, na casa de Cecília e mais tarde acabou por determinar o afastamento dela do cargo.
ENVOLVIMENTO DA HAIPLAN
A empresa Haiplan ganhou destaque nacional ao superfaturar a venda de máscaras de proteção em plena pandemia da Covid-19. Segundo apurou a Polícia Federal, a empresa vendeu os equipamentos a um preço 26 vezes mais caro do que o custo original de mercado.
Uma nota fiscal emitida em abril de 2021, segundo a PF, a Haiplan cobrou R$ 879.219 do governo por 16.434 máscaras — a unidade saiu por R$ 53,50.
Dias antes, em 17 de março, porém, a Haiplan havia pago R$ 1,45 pela unidade do equipamento. O item foi adquirido de uma empresa sediada no Rio Grande do Norte, em quantidade semelhante, ao custo de R$ 26.710.