21/02/2024 às 05h31min - Atualizada em 21/02/2024 às 05h31min
CASO ROMANO DOS ANJOS Ministério Publico nega pedido para retirar tornozeleira da canela de Jalser Renier
O Ministério Público de Roraima (MPRR) emitiu manifestação a favor da retirada de medidas cautelares de parte dos réus do caso Romano dos Anjos. O documento é desta terça-feira (20), assinado pelo promotor Joaquim Eduardo dos Santos e pelo membro do Gaeco, promotor Valcio luiz Ferri.
De acordo com o documento, os réus, incluindo o ex-deputado Jalser Renier, entraram com o pedido durante as últimas oitivas que ocorreram no início deste mês.
A manifestação do MPRR é para que Renier siga com todas as medidas que cumpre desde a última decisão judicial, após se envolver em uma confusão com o deputado Jorge Everton.
Por outro lado, os policiais Nadson José Carvalho Nunes, Vilson Carlos Pereira Araújo, Natanael Felipe De Oliveira Junior, Thiago De Oliveira Cavalcante Teles e Clóvis Romero Magalhães Souza deixem de usar a tornozeleira eletrônica.
Além disso, eles podem voltar a frequentar bares e também retornar ao trabalho, “desde que o retorno à função se limite a atividades administrativas, sem uso de armas e outros equipamentos táticos, conforme a manifesta conveniência e necessidade da Corporação”, explica o texto.
Essa decisão também se aplicam ao ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Luciano Benedicto Valério.
Manutenção de parte das medidas
O MPRR opinou ainda para a manutenção das seguintes medidas para todos os policiais e o ex-servidor da ALE-RR: - Comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar suas atividades, bem como comparecimento aos demais atos do processo;
- Proibição de manter contato com as vítimas e os demais corréus, ou seus familiares;
- Proibição de mudar de endereço ou se ausentar da Comarca em que reside, sem prévia comunicação à autoridade judiciária.
De acordo com o MPRR, há registros de violações das medidas cautelares por parte dos policiais Moisés Granjeiro De Carvalho e Gregory Thomaz Brashe Júnior.
Desse modo, o órgão opinou para que eles continuem com a obrigação de usar tornozeleira eletrônica, bem como proibição de frequentar bares e casas noturnas. Além disso, eles seguem proibidos de retornarem ao trabalho. O juiz responsável pelo caso deve avaliar e decidir se concorda com o posicionamento do Ministério Público.
Relembre o caso Romano dos Anjos
Na noite de 26 de outubro de 2020, Romano dos Anjos e a esposa Nattacha Vasconcelos, estavam em casa quando foram surpreendidos por homens encapuzados.
Após usarem técnicas policiais para imobilização, os criminosos amarraram a mulher e sequestraram o jornalista. Em seguida, usaram o carro dele para a ação e incendiaram o veículo. Além disso, jogaram o celular da vítima em uma área de mata no meio do caminho.
Quase 12 horas após a invasão à residência do casal, um funcionário da Roraima Energia encontrou Romano no Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. O jornalista sofreu tortura, que resultou em um braço quebrado, assim como em lesões nas duas pernas.
Com informações: Roraima em Tempo