24/02/2024 às 07h25min - Atualizada em 24/02/2024 às 07h25min

Estudo encontra ligação entre os incêndios florestais em Roraima e as queimadas autorizadas pelo governo estadual

Levantamento do Greenpeace, com base no Diário Oficial do estado, conclui que o governo de Roraima concedeu 55 licenças ambientais para realização de queimadas controladas durante a seca severa.

Um estudo da organização não governamental Greenpeace encontrou uma ligação entre os incêndios florestais em Roraima e queimadas controladas que receberam autorização do governo estadual. O cenário é de destruição. Animais tentam fugir das chamas no meio da floresta. Plantações inteiras viraram cinzas.

"Uns cinco dias atrás aqui era tudo perfeito. Um buritizal lindo, bonito, onde as pessoas vinham tirar suas palhas para fazer suas casas", diz Tuxaua Guariba, liderança indígena.

Roraima lidera o ranking de focos de incêndio em fevereiro no Brasil. São quase 1,7 mil contra um pouco mais de 100 em 2023. Um recorde para o mês desde o início do monitoramento em 1999.

Para piorar a situação o estado também está sofrendo com a diminuição do nível dos rios. O Rio Branco, o principal rio de Roraima, está praticamente seco. E atingiu o menor nível do ano. São quase 3m a menos na comparação com 2023.

Dos 15 municípios de Roraima, todos já registraram fogo em mata. Um levantamento do Greenpeace, com base no diário oficial do estado, conclui que o governo de Roraima concedeu 55 licenças ambientais para realização de queimadas controladas durante a seca severa. Medida que, para o porta-voz da organização ambiental, contribuiu para o aumento dos focos de calor na região.

 
"O que a gente viu usando os dados de focos de calor do Inpe com os de uso e cobertura do solo, que são aquelas autorizações que foram dadas, em sua maioria, para queima de área de pasto, podem ter se alastrado para floresta, além, é claro, da maioria desses focos de calor ocorrerem sem licença nenhuma de forma ilegal. O fogo na Amazônia é muito utilizado basicamente para a renovação de pastagem, o problema é que esse fogo pode perder o controle e ir para áreas de floresta, como a gente viu", explica Rômulo Batistas, porta-voz do Greenpeace Brasil.

Fonte: Jornal Nacional
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