01/05/2023 às 09h49min - Atualizada em 01/05/2023 às 09h49min
Ministras vêm a Roraima após ataque a tiros na Terra Indígena Yanomami, com 1 morto e dois feridos.
Comitiva do governo federal inclui as ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Saúde, Nísia Trindade; além do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. Um indígena morreu e dois ficaram feridos no ataque..
- Fonte: Globo. Foto: Reprodução/Instagram/Dseiyanomami
Indígena ferido no ataque de garimpeiros é socorrido para receber atendimento médico em Boa Vista. As ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Saúde, Nísia Trindade vão a Roraima nesta segunda-feira (1º) para avaliar a situação, depois que um ataque a tiros na Terra Indígena Yanomami deixou um morto e dois feridos.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, também integra a comitiva interministerial. O grupo deve fornecer mais informações em uma entrevista marcada para esta tarde. O ataque ocorreu na comunidade Uxiu, que fica na terra Yanomami, na tarde de sábado (29). O Ministério dos Povos Indígenas afirma que garimpeiros foram os responsáveis pelo ato criminoso.
Um indígena de 36 anos, identificado como Ilson Xiriana, morreu enquanto era atendido em uma unidade de saúde. Outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, foram atingidos no abdômen. Segundo o governo de Roraima, eles passaram por cirurgia, possuem estado estável, e estão internados na capital, Boa Vista.
Investigação
No domingo (30), a Polícia Federal enviou agentes para investigarem o ataque. O grupo chegou ao local do conflito com apoio da Força Aérea Brasileira e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).Segundo a PF, o intuito é "investigar o ocorrido e interromper eventuais agressões que ainda estivessem em andamento."
Durante as diligências, de acordo com a corporação, foram apurados indícios dos crimes cometidos contra os indígenas, testemunhas foram ouvidas, e foi feita a perícia no local de crime. Agora, a PF aguarda a elaboração dos respectivos laudos e relatórios para prosseguimento das investigações.
Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que "outras diligências seguem em andamento para a identificar, localizar e prender os autores dos crimes, enquanto as ações de desintrusão dos invasores das terras indígenas continuam no âmbito da Operação Libertação".
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami é alvo frequente de garimpeiros que exploram a floresta amazônica, causam conflitos armados e são os responsáveis pela grave crise humanitária que assola o território. Atualmente, o governo federal atua para levar saúde aos dezenas de indígenas doentes e também com ações de repressão que buscar tirar os garimpeiros da região.