14/03/2024 às 20h55min - Atualizada em 14/03/2024 às 20h55min

TEAMARR: Emoção marca inauguração de nova sede do Centro de Acolhimento ao Autista

Muita gente se emocionou ao conhecer espaço e histórias de inclusão de autistas e familiares

 

Em clima de muita emoção, a nova sede do Centro de Acolhimento ao Autista (TEAMARR), do Programa de Atendimento Comunitário (PAC) do Legislativo roraimense, foi inaugurada na tarde desta quarta-feira (14) na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco.

 

O TEAMARR atende pacientes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições atípicas do neurodesenvolvimento.  O projeto foi iniciado há três anos, e a deputada Angela Águida Portella (Progressistas), presidente do Programa de Atendimento Comunitário, disse que a nova sede vai possibilitar ampliar o atendimento, acolhendo mais famílias.

 


“Esse novo espaço possibilitará melhores condições de atendimento, com uma equipe multidisciplinar. Vivemos um momento bem importante porque chegaram profissionais à cidade, então estamos com a equipe completa, inclusive com médico, e vamos poder ajudar muito mais, não só no acolhimento, mas também no diagnóstico, acompanhamento, laudo, assessoria jurídica, enfim, com o tratamento de forma integral. A Assembleia Legislativa tem esse olhar e o nosso presidente, deputado Sampaio [Republicanos], tem se mostrado um gestor com muita determinação, muito comprometimento com o bem-estar das pessoas”,
afirmou a parlamentar.

 

Representando o presidente da ALE-RR, a superintendente de Comunicação, Sonia Lúcia Nunes, lembrou que Sampaio, desde quando assumiu a Mesa Diretora, sempre colocou a instituição a serviço da população.

 

“O presidente Soldado Sampaio sempre colocou toda a estrutura da Casa para esse projeto, que é muito importante, porque vai ampliar os atendimentos e dar um acolhimento mais adequado para as pessoas com autismo e seus familiares. Desde que ele assumiu a presidência do Poder Legislativo, tem realmente feito da Assembleia a casa do povo”, lembrou.


| Sônia Nunes (comunicação) com as deputadas Ângela Portela e Catarina Guerra.
 

O chefe da Casa Civil, Flamarion Portela, ficou emocionado durante a solenidade de inauguração do TEAMARR. Disse que além de fazer leis e fiscalizar, um dos pilares da Casa Legislativa é representar o conjunto da sociedade.

 

“Isso significa dizer que aquilo que incomoda a sociedade, que aflige o povo, deve ter repercussão dentro do parlamento. E quero aqui deixar a minha alegria em ver a Assembleia implementando um projeto como esse. Feliz de quem tem a capacidade de se colocar no lugar do outro, viver e vivenciar a sua dificuldade e construir a várias mãos as soluções”, salientou, com a voz embargada pela emoção.

 

Ele ressaltou ainda a coragem da deputada Angela ao revelar a vida pessoal sobre a condição do neto autista. “Digo para vocês que eu saio daqui um cidadão mais elevado, mais engrandecido, mas acima de tudo, um cidadão mais agradecido porque o poder público está estendendo a mão para as pessoas que necessitam. Nunca mais vai sair da minha cabeça a expressão ‘cuidando do cuidador’”, afirmou.

 

O subdefensor público, Natanael Ferreira, parabenizou a Assembleia Legislativa pelo espaço que atenderá uma parcela da sociedade que precisa de inclusão e garantiu que a Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) será parceira neste trabalho.

 

“A gente vê que o atendimento é voltado também para os familiares, cuidando de quem cuida do autista. Muitas demandas chegam à defensoria para tratamento dessas crianças com autismo, então podemos auxiliar bastante na busca ativa dessas famílias que muitas vezes não sabem como nem aonde chegar, bem como no reconhecimento de benefícios a essas famílias, que muitas vezes não têm condições de atender, minimamente, essas crianças”, disse Ferreira.

 

A diretora do Centro de Acolhimento, Jussara Barbosa, explicou que o novo espaço alcançará mais famílias e que neste primeiro momento será feira uma atualização cadastral. Segundo informou, há muitas pessoas inscritas aguardando atendimento.

 

“Inicialmente, vamos entrar em contato com os inscritos no projeto que ainda não foram chamados, mas já estamos recebendo novos inscritos. Vamos chamar para fazer entrevista e encaminhar as crianças que já possuem o laudo e também as que vão passar por investigação, com uma avaliação neuropsicológica”, disse.

 

Ana Paula Linhares é mãe de Ayan Rafael, de 14 anos, e descobriu que o filho era autista quando ele tinha dois anos e oito meses. Ela sempre trabalhou na área de estimulação precoce e, como já tinha conhecimento, foi mais fácil identificar o TEA no filho.

 

“Eu sou muito grata por essa iniciativa da deputada Ângela em construir esse espaço porque é muito difícil conseguir uma terapia, principalmente para o meu filho que já tem 14 anos. Ano passado, teve o grupo dos jovens e ele se deu super bem. Todos os adolescentes que encontro perguntam quando vai voltar o grupo, que é um momento em que eles interagem e reconhecem que têm outros colegas com o mesmo diagnóstico.”

 

O vice-presidente da Amarr Down de Roraima (Associação da Pessoa com Síndrome de Down), Rogelson Sasso, realçou que o TEAMARR é um espaço importante por causa do número de pessoas com autismo.

 

“Hoje, os diagnósticos mostram que não existe mais diferença entre a T21 [Síndrome de Down] e o autismo. Tem muitas pessoas com T21 que também têm diagnóstico de autismo. Como vice-presidente da Amarr Down, acho muito bom esse espaço porque, com certeza, as pessoas com Síndrome de Down que têm autismo vão participar deste programa”, avaliou.
 

TEAMARR

 

O trabalho do Centro de Acolhimento ao Autista auxilia no diagnóstico de pessoas com condições atípicas, ou seja, uma equipe multidisciplinar (psicólogo, psicopedagogo, fisioterapeuta, nutricionista). Juntos, esses profissionais fazem avaliação comportamental e instruem a família para buscar um profissional que emita o laudo para o autismo ou outro transtorno. Há também atendimento para as famílias que vão até a unidade com um laudo em mãos.

 

O espaço disponibiliza sete salas para estimulação no térreo, mais a sala de fisioterapia e a do atendimento psicossocial. Na parte de cima, ficam a sala do administrativo, do atendimento neuropsicológico, duas salas para atendimento das psicólogas, duas de arteterapia e uma destinada ao consultório médico.


Informaçõpes e fotos: SupCom/Assembleia


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