"Estamos vindo a Roraima mais para ouvir do que para falar. Nos últimos 20 anos, o Brasil sempre olhou para o Atlântico, para a Europa, para o litoral, mas nos últimos anos estamos vendo um crescimento do país graças ao agronegócio. E o agronegócio está no Centro-Oeste, no Norte e no Sul do país," acrescentou. Para Tebet, o peso do agronegócio no crescimento e no comércio exterior do Brasil torna realidade o mapa das rotas de integração com os países da América do Sul, que também abrem caminhos de exportação via o Pacífico, que tendem a encurtar as distâncias e reduzir o custo do transporte de mercadorias para a Ásia e outros mercados. “Há 30 anos, isso parecia utopia. Hoje é realidade. E é realidade para estar pronta em três a quatro anos”, disse a ministra, em referência ao prazo em que as primeiras das cinco rotas estarão concluídas.
O prefeito Arthur Henrique (MDB) destacou que a ação é extremamente importante para o desenvolvimento econômico e, consequentemente, também para o desenvolvimento humano no nosso estado. Em especial da cidade de Boa Vista que hoje representa quase 70% da nossa população.
Para Arthur Henrique a integração com outros países e também com o resto do Brasil é fundamental para gerar um modelo de desenvolvimento que traga mais qualidade de vida para a população do Estado. Isso também pode ajudar, disse ele, a reduzir a imigração de países vizinhos, especialmente da Venezuela, pois tende a gerar oportunidades de emprego e renda nos países vizinhos também.
“A gente sabe da grande potencialidade que nosso estado tem. Ele tem grandes áreas no agronegócio, temos água e sol o ano todo, mas ainda temos o menos PIB de todo o país. Então a gente sabe que uma ação como essa do Governo Federal é fundamental para a gente se desenvolver”, disse Arthur
O presidente do MDB-RR, Romero Jucá, destacou que a rota vai trazer mais empregos e renda para Roraima. Durante anos, ele foi o único parlamentar do Estado a defender a pauta que, conforme ele, é vital para o desenvolvimento econômico e para a geração de novos empregos de Roraima. Além disso, o evento de hoje tem uma grande representatividade para ele.
“Para mim esse vento é simples, mas de uma grande magnitude. Por que ele demonstra algo que eu sempre sonhei, que é a prioridade extrema do Governo Federal para conhecer e para desenvolver a Amazônia e fazer com o que o discurso do desenvolvimento regional seja uma realidade. E não um discurso fácil em véspera de campanha”, disse Romero
Outro ponto destacado foi a geração de emprego através da concretização do projeto. Além disso, Romero defende a agilidade e disse que Roraima tem pressa.
“Não podemos esperar o trâmite o trâmite dos acordos internacionais e financiamento do contrato do financiamento de vocês porque o que a gente produz aqui a gente tem que vender. O povo de Roraima anseia por isso. Nós temos que gerar emprego. Temos que ter atividade. Nós vamos ter essa estrada da Guiana. Nós vamos ter um diferencial e Roraima será o Estado do Brasil com melhor logística do agronegócio”, disse.
Romero Jucá destaca que a estrada da Guiana é o caminho mais curto para que os produtos locais cheguem a outros países. “Hoje, grande parte do que Roraima exporta, sai via Manaus. A capital do Amazonas fica a 750 km de distância de Boa Vista. Por outro lado, a capital da Guiana, está a 679 km. E com outra vantagem: na beira do Oceano Atlântico. Então, além de ser um caminho mais curto, a estrada amplia as chances da produção local chegar a novos mercados consumidores, como o do Caribe e da Europa, por exemplo”.
Para Jucá, agora é o momento de deixar as dificuldades para trás e facilitar o caminho para o verdadeiro desenvolvimento.
Presente no encontro, o cônsul da Guiana, Rodger King, Roger King lembrou que seu país sempre teve uma relação forte com Roraima e seu povo e que nesse momento, em que a Guiana é um dos países que mais cresce no mundo, em função dos investimentos recentes no petróleo, a integração faz ainda mais sentido. Ele disse, ainda, que tem percebido um crescente investimento de empresários brasileiros no seu país, situação que tende a crescer diante da expectativa dos projetos de integração. Izabel Itikawa, presidente da Federação das Indústrias de RR (FIER), falou sobre a união de esforços entre os setores público e privado. "Juntos encontramos alternativas para o ambiente competitivo do negócio. Estamos passando por um momento de transformação na nossa matriz econômica." Na mesma linha, a representante da Fecomércio de Roraima, Yolanda Herbster ressaltou a importância do comércio para a economia estadual, situação que também pode ser incrementada com novas rotas de transporte intrarregional.“Nós enfrentamos as dificuldades. Então está na hora de a gente deixar de ter dificuldade e ter facilidade. E essa estrada da Guiana muda a economia do Estado, muda a logística do estado e muda a geração de emprego no estado”.