02/05/2024 às 10h25min - Atualizada em 02/05/2024 às 10h25min

Chefe da segurança de Antonio Denarium, capitão da PM de Roraima é investigado por assainato de casal no Cantá

Helton John da Silva de Souza teria participado da morte de Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim.

O capitão Helton, da PM de Roraima, foi afastado das funções apos ser acusado pela morte do casal. Foto: Reprodução
O capitão da Polícia Militar de Roraima Helton John Silva de Souza, de 48 anos, é um dos investigados no caso do assassinato dos agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, mortos em 23 de abril, no município de Cantá, interior de Roraima. A motivação do crime envolveria uma disputa por terras na região.

No momento em que o crime ocorreu, o capitão Helton John ocupava a função de coordenador da segurança do governador do estado. Ele acabou afastado das funções cerca de seis dias após o crime. Segundo a Polícia Civil, a defesa do PM disse que ele deverá se apresentar às autoridades nesta quinta-feira.

A morte do casal, segundo as investigações teria como motivação uma briga por terras na região. Helton de Souza seria próximo de outro investigado no caso, Caio Medeiros do Porto, vizinho de Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim de Souza.

O capitão e Caio do Porto estavam entre as pessoas presentes na morte do casal, segundo aponta a investigação da Polícia Civil a qual O GLOBO teve acesso. Uma fonte que acompanha de perto o caso disse que ambos estariam entre os atiradores. Outras duas pessoas ligadas à dupla também podem ter efetuado disparos contra Flávia e Jânio.

Um vídeo gravado por uma das vítimas no momento do crime e apresentado por um cunhado à autoridade policial conta com a voz do oficial Helton John.
"Colegas de trabalho e membros do grupo de futebol ao qual pertence garantem, com convicção absoluta, que a voz presente no vídeo é de fato a de Helton", diz um relatório técnico sobre a gravação.

O GLOBO teve acesso ao vídeo no qual a voz do capitão foi registrada. Na gravação, o casal discute sobre a posse das terras na regiões com outras pessoas. É possível ouvir o momento em que os disparos de arma de fogo são feitos, e o instante seguinte no qual uma das vítimas caiu no chão.

Após ser informado da investigação contra o capitão, o chefe da Casa Militar de Roraima decidiu afastar o capitão imediatamente da função da coordenação e o apresentou ao comandante da Polícia Militar. "Esta decisão foi apoiada pela unanimidade dos colegas e superiores, que, conhecedores de sua voz e conduta, identificaram sua participação no evento registrado", diz ainda o documento.

A Polícia Militar e o Governo de Roraima foram procurados mas ainda não se manifestaram. As defesas de Helton John de Souza e Caio do Porto não foram localizadas. O espaço segue aberto.

Nota da Casa Militar de Roraima

A Casa Militar do Governo de Roraima informa que, ao ser comunicada a respeito do processo investigatório sobre o referido militar, tomou providência imediata de afastá-lo e exonerá-lo das funções que exercia junto à equipe de segurança, além de apresentá-lo ao comando da Polícia Militar de Roraima para responder ao devido processo legal.

Esclarece que no dia do fato, o militar acusado de participação no crime estava de folga e não estava em serviço.

Ressalta ainda que o chefe da segurança é o secretário-chefe da Casa Militar de Roraima. O referido militar compõe uma de várias equipes de segurança da Governadoria.

A Polícia Militar, por meio da Corregedoria-Geral, esclarece que está acompanhando o caso, juntamente com a Polícia Civil, e tomará todas as providências legais pertinentes ao fato em conjunto com as autoridades policiais e judiciais.

A Polícia Militar de Roraima informa que, até o presente momento, não foi informada oficialmente sobre a mencionada investigação conduzida pela Polícia Civil de Roraima.

Sendo assim, buscará informações mais precisas sobre os autos do inquérito policial, a fim de se posicionar especificamente sobre o caso.


A PMRR reforça seu compromisso com a estrita legalidade, e não tolera qualquer desvio ético ou conduta ilícita nas fileiras da corporação.

Fonte: O Globo

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