Isolados, garimpeiros se rendem e abandonam Terra Indígena Yanomami em Roraima

Com acesso dificultado, grupo de dez homens fica sem alimento e desiste da atividade criminosa. Suspeitos foram presos e conduzidos a Boa Vista

Ações das forças de segurança continuam destruindo acampamentos em garimpos ilegais em Roraima. Foto: Casa Civil

Em mais uma semana de trabalho, as equipes do Governo Federal que atuam nas operações de segurança na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, apresentaram os resultados de suas ações à Casa de Governo, órgão responsável pela coordenação dos trabalhos.

Um grupo de dez garimpeiros se entregou à base de segurança implantada na região de Kayanaú e Palimiú. Eles foram presos e conduzidos à delegacia em Boa Vista.

A motivação, conforme depoimento dos homens, foi a falta de alimentos e o risco de vida, visto que as operações têm impedido o trânsito de insumos e materiais para acampamentos criminosos montados dentro da TI.

A ação dos criminosos será amplamente dificultada nos próximos dias a partir do início da destruição de pistas de pouso identificadas dentro da TIY.

Ainda durante a semana de 8 a 14 de setembro, 14 acampamentos, 8 antenas Starlink ou Via Sat, 38 motores, uma arma de fogo artesanal e 12 geradores foram destruídos. Também houve a inutilização de 1.350 litros de diesel e a apreensão de uma antena Starlink, sete armas e três munições.

Desde março de 2024 até 14 de setembro de 2024, o Governo promoveu 1.773 ações de combate ao garimpo e ao apoio logístico. O trabalho na Terra Yanomami segue sob a coordenação da Casa de Governo.