17/05/2023 às 07h36min - Atualizada em 17/05/2023 às 07h36min

MPF cobra informações sobre retirada de garimpeiros ilegais da Terra Indígena Yanomami em Roraima.

Órgão ministerial também quer saber por que as unidades de saúde ainda não foram reabertas.

Essa base de controle montada pelo Ibama no rio Uraricoera foi atacada a tiros por garimpeiros na madrugada de segunda (15).




O Ministério Público Federal (MPF) em Roraima pediu informações a órgãos do governo federal sobre a retirada de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami.
Em ofício enviado nesta segunda-feira (15) aos órgãos, o MPF requer ainda informações sobre a reabertura de postos de assistência de saúde e as ações de logística que estão sendo realizadas em cinco meses de operação de desintrusão.

No entendimento do procurador da República Alisson Marugal, "apesar do êxito da operação" para impedir as atividades de mineração na região da terra indígena, ainda há presença de garimpeiros em áreas isoladas, fato que tem causado violência contra as comunidades indígenas.

No início deste mês, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que, apesar de a maioria dos pontos de garimpo já ter sido desativada, monitoramento de satélites ainda identifica atividade de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

Segundo a ministra, de 75% a 80% dos garimpeiros que ocupavam a região já saíram do local. Estão envolvidos na operação os ministérios da Defesa, do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas, além da Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 
BASE DO IBAMA ATACADA
 

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) informou que a base de controle instalada no rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foi alvo de novo atentado na madrugada dessa segunda-feira (15).

Este é o quinto ataque após o governo federal iniciar processo de retomada do território e expulsão de garimpeiros ilegais. A base está ativa desde o dia 20 de fevereiro e serve para impedir a entrada de barcos de garimpeiros na área indígena.

"Em meio a chuva torrencial, criminosos armados avançaram em quatro barcos e cortaram o cabo de aço estendido entre as margens do rio, que impedia a passagem em direção aos garimpos. Houve troca de tiros com agentes da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) que faziam a segurança na aldeia Palimiú, onde a base federal está instalada. Nenhum policial ficou ferido", aponta nota divulgada pelo órgão.

Conforme o Ibama, o grupo passou em alta velocidade pela base, três horas após o atentado, em quatro barcos, sendo um deles rebocado. O órgão solicitou apoio às Forças Armadas para reforçar a segurança no local. 

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