13/01/2025 às 13h22min - Atualizada em 13/01/2025 às 13h22min

TERRITÓRIO YANOMAMI: Ministra da Saúde reforça compromisso com a saúde indígena em Roraima

Nísia Trindade participa de reuniões com lideranças Yanomami e acompanha avanços em obras e serviços de saúde em Boa Vista

Foto: Ministério da Saúde/Divulgação
Nesta segunda-feira (13), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, cumpre uma série de compromissos em Boa Vista, com foco na saúde indígena. A programação inclui reuniões estratégicas e visitas a unidades de saúde que prestam assistência à população Yanomami.

Logo pela manhã, a ministra participa de uma reunião na Casa de Governo com o novo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, Mauricio Ye’Kwana, e lideranças indígenas. O encontro abordará temas como a situação da malária na região e o fortalecimento das ações de controle da doença. Dados recentes indicam um aumento de 4% nos casos de malária em 2024, comparado ao ano anterior, mas com uma redução de 35% nos óbitos.

Em seguida, Nísia visita a Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas (URHPI), localizada no Hospital Universitário da Universidade Federal de Roraima (UFRR). A primeira etapa das obras, prevista para ser concluída em fevereiro de 2025, garantirá 36 leitos exclusivos para a saúde indígena. No início deste mês, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) contratou 35 profissionais para reforçar a equipe da unidade.

A ministra também visitará a Casa de Saúde Indígena Yanomami (CASAI) - que atualmente apresenta o menor número de pessoas internadas desde o início da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN). Com a finalização da primeira fase das obras e a realocação de pacientes para alojamentos provisórios, será possível iniciar a próxima etapa da reforma na próxima semana.

Ainda nesta segunda, Nísia Trindade participa de uma reunião no escritório regional da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS). A partir deste mês , a força de trabalho da saúde indígena será migrada para a AgSUS em 10 DSEIs de regiões prioritárias, incluindo o Yanomami. A medida visa garantir maior eficiência na gestão dos serviços de saúde nas áreas de maior vulnerabilidade. Até o final de 2025, todos os DSEIs e Casas de Saúde Indígena (CASAI) terão suas equipes providas pela AgSUS.

Com a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami e a implementação de novas tecnologias, inclusive, a que oferece teleconsultoria para doenças febris e infecciosas, o Ministério da Saúde busca enfrentar os desafios históricos de saúde enfrentados pelos povos indígenas. A ação Brasil Saudável, que promove capacitações locais, já formou profissionais para o enfrentamento da malária no DSEI Yanomami, com novas etapas previstas até o final de 2025.

Ampliação da assistência
O Ministério da Saúde tem intensificado suas ações em terras indígenas, especialmente na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Em janeiro de 2024, uma comitiva do governo federal, incluindo as ministras Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente), e o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos), visitou a região para detalhar ações permanentes de defesa dos povos indígenas. Durante a visita, foram discutidas medidas como a instalação do primeiro hospital de saúde indígena no país, em Boa Vista, e a ampliação da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) .

Em uma das visitas da ministra ao território Yanomami, em agosto de 2024, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a saúde indígena é uma prioridade do governo. Ela ressaltou o aumento da cobertura de saúde na Terra Indígena Yanomami, com 5,2 mil indígenas voltando a ser assistidos. A ministra também mencionou a incorporação de mais 400 profissionais para atuar nos 37 polos de saúde indígena na região .
 
Por Edjalma Borges (Ministério da Saúde)
 
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