Meses após promulgar uma lei para anexar Essequibo, o regime de Nicolás Maduro voltou a ameaçar a Guiana, onde está localizado o território em disputa. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (17/2), o governo venezuelano afirmou que a luta para retomar a região segue sendo uma causa “indeclinável”.
Anexação de Essequibo
Na declaração, o governo chavista lembrou o aniversário de assinatura do Acordo de Genebra de 1966, entre Venezuela e Reino Unido, onde ficou estabelecido que ambas as partes negociariam a disputa por vias diplomáticas. Meses depois, a Guiana se tornou independente, mas aderiu ao pacto, que até agora não teve avanços significativos.
“Há 59 anos da assinatura e vigência do Acordo de Genebra, Guiana está obrigada a sentar-se e negociar imediatamente, sem mais demoras”, disse o regime Maduro. “Os direitos históricos da Venezuela e sua propriedade sobre a Guiana Essequiba são irrefutáveis e irrenunciáveis. O Acordo de Genebra é a única via estabelecida e acordada entre as partes para resolver essa controvérsia territorial”.
O governo da Venezuela voltou a acusar o governo da Guiana de permitir que empresas estrangeiras, como a gigante do gás ExxonMobil, explorem os recursos do país. Além disso, o regime Maduro afirma que a administração guianense de ameaçar a segurança da região, por ter a intenção de liberar bases militares dos Estados Unidos em seu território.
Até o momento, o governo da Guiana ainda não se pronunciou sobre as declarações do governo chavista. Dias antes, contudo, o chefe das forças armadas do país, brigadeiro Omar Khan, afirmou que suas tropas estão prontas para defender o país de um “vizinho cada vez mais instável”, se referindo indiretamente à Venezuela.