A Portaria n° 766, de 12 de março de 2025, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), publicada nesta sexta-feira (14) trouxe novas perspectivas para produtores de frutas do estado.
A norma possibilita o retorno das exportações de frutas consideradas hospedeiras da mosca da carambola, desde que as propriedades produtoras consigam comprovar que estão livres da praga.
Em conversa com o deputado federal Gabriel Mota, um dos articuladores da nova regulamentação junto ministério, e com o deputado estadual Gabriel Picanço, o prefeito Arthur Henrique ressaltou a importância da medida para Boa Vista e anunciou ações junto aos produtores.
“Nós vamos colocar equipes da Secretaria Municipal de Agricultura à disposição para ajudar a encontrar aqueles produtores que já estão produzindo fruta e, dessa forma, contribuir com todas as orientações necessárias. Não tendo a ocorrência da mosca em suas propriedades, eles poderão vender para o Brasil inteiro e até para fora. Quero agradecer ao deputado Gabriel Mota e, também, a disposição do ministro Carlos Fávaro, por ter abraçado essa causa e garantir o desenvolvimento do nosso estado”, disse.
A portaria estabelece critérios de controle fitossanitário da mosca da carambola e define procedimentos operacionais para ações de vigilância, contenção, supressão e erradicação da praga, possibilitando o transporte e comercialização das frutas para outros estados e países. A propriedade que cumprir as novas exigências e comprovar que está livre da praga receberá uma certificação fitossanitária.
“A partir do momento que a propriedade está certificada, o caminhão chega para embarcar o produto, que será lacrado e só será aberto no destino, por exemplo, Manaus, Guiana ou Venezuela. Então, a felicidade é muito grande, vai ser, com certeza, um grande desenvolvimento, principalmente para o pequeno e médio agricultor e na zona rural de Boa Vista, onde tem muita gente que produz e que não podia nem carregar uma manga no carro porque era proibido”, enfatizou o deputado federal Gabriel Mota.
O primeiro foco da mosca da carambola em Roraima foi identificado em 2010, o que impôs ao estado restrições do transporte e comércio de frutos hospedeiros da praga. Ficando, assim, impedido de exportar, pelo menos, 39 tipos de frutas, entre elas: carambola, manga, goiaba, tomate, acerola, laranja, limão e outras.
