Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Nicolás Maduro, da Venezuela, anunciaram nesta sexta-feira, durante uma videoconferência, um acordo para “ampliar” a cooperação bilateral em diversas áreas, incluindo o setor de energia. No entanto, não foram divulgados detalhes específicos do pacto.
O anúncio ocorre poucos dias depois que os Estados Unidos revogaram a licença que permitia a gigante petrolífera americana Chevron operar na Venezuela, apesar das sanções que Washington impôs sobre o país caribenho. Após a revogação, o governo Trump anunciou que revisará também as permissões dadas a outras companhias energéticas, como a francesa Maurel & Prom e a espanhola Repsol.
Em resposta, Putin convidou Maduro a visitar Moscou no dia 9 de maio para aprovar o acordo durante as celebrações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial.
— Alcançamos o nível de relações estratégicas — celebrou o presidente russo. — Está totalmente acordado o convênio de associação estratégica e cooperação que estabelecerá uma base sólida para ampliar ainda mais os vínculos bilaterais. Ficaria feliz em vê-lo na Rússia nas celebrações de 9 de maio.
Maduro, por sua vez, destacou que o acordo “eleva ao mais alto nível nossas relações em vários campos”, especialmente no setor energético.
— O campo da cooperação energética se fortalece cada vez mais — afirmou o presidente venezuelano.
Aliança entre Caracas e Moscou
A aliança entre Caracas e Moscou se estreitou durante o governo do falecido Hugo Chávez (1999-2013) e seguiu em expansão sob a liderança de Maduro.
A Venezuela, por exemplo, manifestou apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia, enquanto Moscou está do lado de Maduro em meio aos questionamentos à sua reeleição — não reconhecida por Washington — sobre denúncias de fraude da oposição, que reivindicou a vitória do exilado Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 2024.