26/05/2023 às 07h05min - Atualizada em 26/05/2023 às 07h05min
Aprovados no concurso da Polícia civil realizam manifestação contra suspensão do edital.
Manifestantes cobram o cumprimento das regras editalícias.
Aprovados no concurso público da Polícia Civil, realizam manifestação hoje (25), em frente ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), em Boa Vista. A mobilização pacífica reivindica o cumprimento das regras estabelecidas pelo edital do concurso e critica a hipótese de suspensão do certame.
Os manifestantes protestam contra a ação civil pública do MP expedida nesta quarta-feira (24) que pede a suspensão do concurso e a reclassificação dos candidatos inscritos na seleção para as carreiras de odonto-legista, perito criminal (várias especialidades/áreas), escrivão, agente e perito papiloscopista mediante somatória das notas atribuídas nas provas objetiva e discursiva.
Segundo os representantes, o edital prevê desde sua publicação que para a classificação não bastava apenas obter 60 pontos na prova objetiva e 70 pontos na somatória com a discursiva. Para prosseguir para as demais etapas do concurso, como teste de aptidão física (TAF), exames médicos, psicotécnico e investigação social, seriam consideradas as 90 melhores notas da prova discursiva dentro do número de classificados, respeitando os casos de empate na última posição.
Conforme os aprovados, o concurso está no estágio de investigação social, última etapa da primeira fase, e uma reclassificação prejudicaria mais de 100 candidatos. “Desde o início todos estavam cientes que para prosseguir para o exame médico e psicotécnico, seriam consideradas as 90 melhores notas da prova discursiva. A somatória das provas objetivas e discursivas só será feita após a conclusão da primeira etapa do concurso. E esta ainda não finalizou”, explica uma das classificadas, Simone Chacon.
Ainda de acordo com eles, o parecer do MP não considera os valores já investidos pelos candidatos, como a realização de exames médicos, deslocamentos para as etapas do TAF, exame psicotécnico e os gastos com certidões para a investigação social. “Nós que moramos em Roraima gastamos mais de 3 mil reais com exames e demais fases. Há candidatos que vieram de outros estados e gastaram ainda mais, inclusive com passagens aéreas. É injusto mudar o edital a essa altura do campeonato. Edital este que não há incongruências”, disse.