28/05/2023 às 10h49min - Atualizada em 28/05/2023 às 10h49min

Operação Yanomami intensifica missões noturnas em regiões de garimpo ilegal em Roraima.

Unidades Aéreas das Forças Armadas utilizam dispositivos de visão noturna capazes de aumentar a luminosidade em até 50 mil vezes.

- Informações e foto: Força Aérea Brasileira (FAB)
Equipamento de visão noturna está sendo utilizado por militares da FAB nas ações para expulsar garimpeiros.

 

Nas últimas semanas, a Operação Yanomami em Roraima tem intensificado as missões noturnas na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) nos estados de Roraima e do Amazonas. Ampliando a capacidade das Aviações de Caça e de Asas Rotativas apoiarem as missões em ambientes mais complexos, aeronaves das Forças Armadas utilizam óculos de visão noturna, chamados de NVG (do inglês, Night Vision Goggles), e FLIR (do inglês, Forward Looking Infra-Red), dispositivos que permitem os voos mesmo em situação de escuridão total.

Desde a ativação do Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), em 3 de fevereiro, algumas Unidades Aéreas como o Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAV) – Esquadrão Escorpião, sediado em Boa Vista, vêm reforçando a Defesa Aeroespacial contra todos os tipos de tráfegos desconhecidos dentro da ZIDA.

Segundo o Comandante do 1º/3º GAV, Tenente-Coronel Aviador Antonio Augusto Silva Ramalho, na Operação Yanomami, os pilotos da Unidade continuam em prontidão 24 horas por dia e sete dias por semana, garantindo a soberania do Estado brasileiro.

“Na Operação Yanomami, o que mudou foi a intensidade dos trabalhos e o número de pessoas envolvidas. Para isso, foi preciso incrementar a consciência situacional dos pilotos sobre as características do terreno, porque passamos a voar mais vezes por dia. Além disso, reforçamos a segurança de voo. Nas instruções, passamos para os aviadores as características desse tipo de intercepção, que ocorre em baixa altura e com a aeronave bem mais lenta, em um terreno acidentado”, explicou o Tenente-Coronel Ramalho.

Com um considerável aumento na capacidade operacional, os óculos de visão noturna proporcionam diversas vantagens. O NVG é capaz de apoiar as operações em variados tipos de cenários, aumentando a segurança de voo, potencializando o emprego dos meios aéreos como plataforma d'armas, aproveitando, também, a luz da lua e das estrelas para que os pilotos consigam realizar missões sem referências visuais para o olho humano.

Diversas aeronaves das Forças Armadas que atuam em missões noturnas também estão equipadas com um sistema FLIR – conjunto de sensores que permite à tripulação observar (e gravar, se necessário) qualquer alvo em ambiente com ou sem luz. As câmeras possibilitam visualização em infravermelho, ou seja, captam calor liberado por pessoas ou objetos, permitindo operações muito mais complexas do que é possível com o uso de NVG. Isso possibilita, por exemplo, localizar uma vítima em um rio a quilômetros de distância, devido à diferença de temperatura entre a água e o corpo, ou, até mesmo, atuar no controle de fronteiras. 

Esquadrão Escorpião

Equipado com a aeronave A-29 Super Tucano, avião que alia precisão na navegação e aviônica avançada, o 1º/3º GAV realiza, diariamente, missões de Defesa Aeroespacial, o que garante o contínuo patrulhamento das fronteiras da região norte do país. Esse Esquadrão pertencente à Aviação de Caça da FAB e mantém seus aviadores prontos para cumprirem missões de Ataque, Apoio Aéreo Aproximado, Interceptação, dentre outros.

Esquadrões de Asas Rotativas

Além dos caças A-29 Super Tucano, a Operação Yanomami conta também com aeronaves de Asas Rotativas nas missões noturnas, como os helicópteros UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil; o HM-2 Black Hawk, do Exército Brasileiro; o H-36 Caracal e o H-60 Black Hawk, da FAB, ambas aeronaves que atendem os requisitos de autonomia para atuar na vasta área da Terra Indígena Yanomami.

Nas aeronaves de Asas Rotativas, o NVG possibilita um melhor desempenho nas ações de busca e salvamento, dentre outras capacidades. No contexto da Operação Yanomami, estes helicópteros têm sido fundamentais, especialmente, nas missões de Evacuação Aeromédica (EVAM), além de apoio aos trabalhos de infiltração das equipes da Polícia Rodoviária (PRF), Polícia Federal (PF), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Na Operação Yanomami, além das aeronaves citadas há, ainda, outros aviões envolvidos, como o E-99, R-99, C-98 Caravan, KC-390 Millennium e C-105 Amazonas, da FAB; além do HM-01, HM-02 e HM-04, do Exército Brasileiro (EB) e UH-15, da Marinha do Brasil (MB).

 


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