A Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE) voltou a pressionar o governo estadual pela convocação dos candidatos aprovados no cadastro de reserva do concurso da Polícia Civil. A reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (12), com a presença de representantes da Casa Civil, Procuradoria-Geral do Estado, Secretaria da Fazenda, Polícia Civil e de uma comissão formada por candidatos.
Durante o encontro, o deputado estadual Jorge Everton (União Brasil) fez um alerta sobre a fragilidade do atual cenário da segurança pública. “Nós estamos diante de um cenário preocupante. Muitos servidores da Polícia Civil estão prestes a se aposentar, e o estado ainda não deu uma resposta concreta. Temos que convocar os aprovados do cadastro de reserva e já realizar um novo concurso público com urgência. Do contrário, vamos assistir a um colapso na segurança pública de Roraima”, afirmou o parlamentar, que é membro da comissão.
A reunião foi marcada por cobranças firmes dos deputados e ponderações do Executivo sobre os entraves orçamentários que dificultam o avanço imediato do processo.
“Entendemos a urgência da demanda e o anseio dos aprovados, mas estamos diante de limitações orçamentárias. O governo está avaliando, dentro da capacidade fiscal do estado, a melhor forma de avançar com essa convocação sem comprometer o equilíbrio das contas públicas”, explicou o chefe da Casa Civil, Flamarion Portela.
Já sobre a situação específica dos delegados, a delegada Darlinda de Moura Viana foi enfática ao apontar entraves legais.
A proposta discutida com o governo prevê a convocação para o mês de agosto, com início das atividades na Academia de Polícia ainda no segundo semestre deste ano. A medida dependeria de ajustes no orçamento para garantir o chamamento sem comprometer a saúde fiscal do Estado.
Presidida pelo deputado Gabriel Picanço, a Comissão Especial atua como ponte entre os candidatos e o Executivo desde o início do ano. Para os parlamentares, o Estado já dispõe de recursos para avançar, mas falta decisão política para efetivar as nomeações.
Ao final da reunião, Jorge Everton avaliou positivamente o andamento das discussões. “Tivemos esclarecimentos importantes e, o principal: construímos, a partir do diálogo, um encaminhamento que pode viabilizar a convocação em agosto deste ano. Nosso papel é exatamente esse: fiscalizar, mediar e cobrar providências do governo”, concluiu o deputado.