Jorge Everton alerta para risco de colapso na Segurança Pública sem convocação de aprovados na Polícia Civil

Deputados cobram resposta do governo sobre chamamento do cadastro de reserva em nova rodada de negociação

- Informações e fotos: Ascom
12/05/2025 19h25 - Atualizado há 14 horas

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE) voltou a pressionar o governo estadual pela convocação dos candidatos aprovados no cadastro de reserva do concurso da Polícia Civil. A reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (12), com a presença de representantes da Casa Civil, Procuradoria-Geral do Estado, Secretaria da Fazenda, Polícia Civil e de uma comissão formada por candidatos.

Durante o encontro, o deputado estadual Jorge Everton (União Brasil) fez um alerta sobre a fragilidade do atual cenário da segurança pública. “Nós estamos diante de um cenário preocupante. Muitos servidores da Polícia Civil estão prestes a se aposentar, e o estado ainda não deu uma resposta concreta. Temos que convocar os aprovados do cadastro de reserva e já realizar um novo concurso público com urgência. Do contrário, vamos assistir a um colapso na segurança pública de Roraima”, afirmou o parlamentar, que é membro da comissão.

A reunião foi marcada por cobranças firmes dos deputados e ponderações do Executivo sobre os entraves orçamentários que dificultam o avanço imediato do processo.

“Entendemos a urgência da demanda e o anseio dos aprovados, mas estamos diante de limitações orçamentárias. O governo está avaliando, dentro da capacidade fiscal do estado, a melhor forma de avançar com essa convocação sem comprometer o equilíbrio das contas públicas”, explicou o chefe da Casa Civil, Flamarion Portela.

Já sobre a situação específica dos delegados, a delegada Darlinda de Moura Viana foi enfática ao apontar entraves legais.

“Preenchemos todas as vagas da classe inicial do cargo de delegado. Para convocar os candidatos do cadastro de reserva, seria necessário que houvesse vacância ou a ampliação do número de cargos por meio de alteração legislativa. No momento, isso inviabiliza a participação desses candidatos no curso de formação. A mesma limitação vale para outras categorias da Polícia Civil. Há um desequilíbrio entre a quantidade de aprovados no cadastro e as vagas disponíveis, e só será possível avançar com mudanças na legislação”, justificou.

A proposta discutida com o governo prevê a convocação para o mês de agosto, com início das atividades na Academia de Polícia ainda no segundo semestre deste ano. A medida dependeria de ajustes no orçamento para garantir o chamamento sem comprometer a saúde fiscal do Estado.

Presidida pelo deputado Gabriel Picanço, a Comissão Especial atua como ponte entre os candidatos e o Executivo desde o início do ano. Para os parlamentares, o Estado já dispõe de recursos para avançar, mas falta decisão política para efetivar as nomeações. 

Ao final da reunião, Jorge Everton avaliou positivamente o andamento das discussões. “Tivemos esclarecimentos importantes e, o principal: construímos, a partir do diálogo, um encaminhamento que pode viabilizar a convocação em agosto deste ano. Nosso papel é exatamente esse: fiscalizar, mediar e cobrar providências do governo”, concluiu o deputado.


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