29/05/2023 às 06h42min - Atualizada em 29/05/2023 às 06h42min
Impedido por Jair Bolsonaro de visitar o Brasil, Nicolás Maduro desembarca em Brasília para reunião com Lula.
Maduro não vinha ao Brasil desde 2015, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff.
Maduro chegou a Brasília neste domingo acompanhado da esposa, para reunião com Lula e prsidentes da região. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou na noite deste domingo, dia 28, a Brasília. Ele deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 29, e participa da cúpula dos países sul-americanos na terça-feira, dia 30, na capital.
A presença de Maduro no Brasil não era permitida desde agosto de 2019, quando uma portaria editada pelo então presidente Jair Bolsonaro proibia o ingresso no país do líder venezuelano e de outras autoridades do vizinho latino-americano.
Na terça-feira, Maduro participa da reunião com líderes dos 12 países da América do Sul realizada em Brasília e proposta pelo presidente Lula. Na ocasião, segundo O GLOBO mostrou, o mandatário brasileiro deverá propor a criação de um mecanismo de integração, que poderia ser um organismo ou um fórum de debates.
Sob Jair Bolsonaro (PL), as relações do Brasil com a Venezuela chegaram a ser cortadas, com o fechamento da embaixada brasileira em Caracas e o diálogo firmado com a oposição, por meio de enviados de Juan Guaidó. Contato diplomático
Após a posse de Lula, o governo reabriu a embaixada brasileira e restabeleceu o contato diplomático com o país vizinho. Maduro chegou a Brasília no domingo em um avião da empresa estatal venezuelana Conviasa, acompanhado da esposa, Cilia Flores, e foi recebido no aeroporto pela secretária de América Latina e Caribe, Gisela Padovan, e pelo embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vicente Vadell.
"Na reunião, os dois mandatários deverão examinar temas prioritários para o adensamento do diálogo em todas as áreas da relação. Nesse sentido, os presidentes tratarão dos resultados da recente missão multidisciplinar à capital venezuelana, organizada pela Agência Brasileira de Cooperação e que contou com representantes de mais de vinte órgãos governamentais brasileiros. Atenção especial será atribuída aos temas fronteiriços, com destaque para a proteção das populações que residem nessa faixa, entre elas os povos Yanomami", informou a nota do Ministério das Relações Exteriores.