Delegado e vereadora investigados em Roraima por sequestro e tortura são soltos

Embora soltos, o delegado Adriano e a vereadora Adriana, que também atua como escrivã de polícia, terão que cumprir medidas cautelares

26/05/2025 10h22 - Atualizado há 2 dias

A Justiça de Roraima concedeu liberdade, na sexta-feira (23), ao delegado da Polícia Civil do Amazonas, Adriano Félix Claudino da Silva, e à vereadora de Caracaraí, Adriana Souza dos Santos, investigados pela Polícia Federal (PF) por suspeita de sequestro e tortura de um homem em fevereiro de 2023, no município de Caracaraí, no Sul do estado.

Ambos foram presos na Operação Jeremias 22:17, mas conseguiram a revogação das prisões temporárias mediante a adoção de medidas cautelares.

Na mesma decisão, a juíza Noêmia Cardoso Leite de Sousa, da Vara Criminal de Caracaraí, determinou a manutenção da prisão dos policiais civis do Amazonas Álvaro Tiburcio Steinheuser e Edmilton Freire dos Santos, do policial militar de Roraima Jan Elber Dantas Ferreira e do empresário Lidivan dos Santos Reis.

Segundo as investigações da PF, o grupo teria formado uma organização criminosa voltada à escolta clandestina de cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami. Além disso, prestavam serviços de segurança privados de forma irregular e realizavam apurações paralelas sobre roubos de cargas.

O episódio que motivou as prisões ocorreu em fevereiro de 2023, quando, segundo a PF, os policiais do Amazonas sequestraram e torturaram um homem em Caracaraí, para que ele revelasse o destino de uma carga de cassiterita extraída de forma ilegal da terra indígena. A ação contou, conforme apurações, com o apoio de policiais de Roraima.

Embora soltos, o delegado Adriano e a vereadora Adriana, que também atua como escrivã da Polícia Civil de Roraima, terão que cumprir medidas cautelares. Estão proibidos de manter contato, por qualquer meio, ou se aproximar das partes, testemunhas e demais envolvidos no processo. Também deverão comparecer periodicamente em juízo.

Além disso, a magistrada determinou a suspensão do exercício das funções públicas que ocupam atualmente.


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