CASSAÇÃO DE DENARIUM: Teresa diz que abuso do poder econômico influenciou no resultado das urnas.

O julgamento teve início na terça-feira (30) mas foi suspenso por um pedido de vista do juiz eleitoral temporário Francisco Guimarães (indicado da OAB Roraima), quando já havia sido declarado o voto pela cassação do mandado, proferido pelo juiz relator Felipe Bouzada Flores Viana. Ele foi acompanhado pela juíza Joana Sarmento.

Teresa escreveu no Twitter que o abuso do poder cometido por Antonio Denarium incluciou no resultado das urnas.

O início do julgamento de uma das dezenas de ações a que o governador Antonio Denarium (PP) responde no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), moveu a ex-prefeita Teresa Surita (MDB), candidata ao Governo nas últimas eleições, a relembrar aquela campanha, "reconhecidamente manipulada e roubada", disse.

Em uma postagem em sua conta no Twitter, Teresa faz um relato de alguns casos que influenciaram na votação. “O TRE começou o julgamento de cassação do mandado de Antonio Denarium. Já são dois votos que reconhecem o abuso do poder e a fraude eleitoral. A eleição de 2022 foi muito roubada”, escreve

Teresa está se referindo ao prosseguimento de uma ação em que Denarium responde por abuso do poder econômico, cometido, segundo a denúncia do Ministério Público Eleitoral, por distribuição demasiada de cestas básicas em todo Estado apenas no período eleitoral.

O julgamento teve início na terça-feira (30) mas foi suspenso por um pedido de vista do juiz eleitoral temporário Francisco Guimarães (indicado da OAB Roraima), quando já havia sido declarado o voto pela cassação do mandado, proferido pelo juiz relator Felipe Bouzada Flores Viana. Ele foi acompanhado pela juíza Joana Sarmento.

O desembargador Almiro Padilha também votou pela perda do mandato de Denarium, mas retirou em função do pedido de vista. O julgamento deve recomeçar em dez dias. Foi o prazo estabelecido pela presidente do TER, desembargadora Elaine Bianchi para a devolução do processo.,
 
OS FATOS

Ainda sobre a manifestação de Teresa, ela relata que no auge da pandemia, em 2020, o governador não entregou 10 mil cestas a famílias necessitadas e ainda guardou dinheiro em caixa.

 
“Ai em 2022, no ano eleitoral, 50 mil famílias foram cadastradas e beneficiadas, com gastos superiores a R$ 123 milhões. Detalhe, esse recurso para este fim não constava no orçamento do Estado daquele ano”, relembra Teresa.

Teresa diz que a distribuição dessas cestas impactou decisivamente no resultado das urnas, assim como a utilização de mais R$ 40 milhões para a aquisição de 5 mil caixas d’água, igualmente distribuídas no ano eleitoral, o que é vedado pela lei das eleições. “Além do programa Morar Melhor, que foi outro criado à véspera da eleição com o objetivo de reformar residências. Inclusive, muitas famílias receberam apenas vasos sanitários do que era pra ser um banheiro. Telhados do que era pra ser uma reforma completa” diz.

 
E teve mais, segundo Teresa. “ Às vésperas de outubro, o governo decidiu pagar pela desapropriação do terreno do Ginásio Totozão. Em um acordo sem a participação da Justiça e sem respeitar a ordem cronológica de pagamento da fila do precatório. Beneficiou um empresário local, com clara motivação política. Foram R$ 22 milhões pagos. A Justiça pediu pra o banco estornar o valor para conta do governo. Quando o banco procurou pelo dinheiro, a conta estava como? Vazia, canto mais limpo! O dinheiro não estava mais lá. Tudo isso, fora o repasse de R$70 milhões em recursos extras para 12 municípios do interior. Além de R$105 milhões em contratos direcionados para supostamente realizar serviços nos municípios”.

 
Segundo Teresa o grupo polítido de Denarium desafiou a Jusiça Eleitoral, as leis e as eleições. Utilizou  todo o poder político e econômico do Estado e benefício próprio. “Deus é amor, mas também é justiça. Ele é sempre justo e não aceita desonestidade. Cada um colhe aquilo que planta”, finaliza Teresa.