O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na segunda-feira (8) que antecipará por decreto o início do Natal para 1º de outubro, no momento em que seu governo acusa os Estados Unidos de "ameaçar" o país com navios de guerra posicionados no Caribe.
Decretar o Natal antecipado é uma prática recorrente de Maduro, que em 2024, por exemplo, antecipou as celebrações em meio a uma crise provocada por sua reeleição em julho daquele ano, considerada uma fraude pela oposição.
Ao "decretar" o Natal no início de outubro, Maduro afirma defender "o direito à felicidade" dos venezuelanos, enquanto questiona a mobilização militar que o governo do presidente americano Donald Trump justifica como parte de uma luta contra os cartéis de narcotráfico.
O governo dos Estados Unidos acusou formalmente Maduro de "narcoterrorismo" em 2020. Em agosto, Washington aumentou para 50 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à captura do presidente venezuelano.
Caracas afirma que Washington baseia sua política "em mentiras e ameaças" para forçar uma mudança de regime na Venezuela. Maduro garante que antecipar o Natal "é a forma de defender o direito à felicidade, o direito à alegria". "Ninguém no mundo vai nos tirar o direito à felicidade, à vida e à alegria", afirma.