Trump ameaça Venezuela e diz que país pagará preço 'incalculável' se não aceitar receber prisioneiros

22/09/2025 07h40 - Atualizado há 4 horas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu a Venezuela sobre consequências imprevisíveis caso o governo liderado por Nicolás Maduro não aceite de volta "todos os prisioneiros e pessoas de instituições mentais", possivelmente referindo-se a migrantes.

Trump escreveu em sua plataforma Truth Social: "Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os prisioneiros e pessoas de instituições mentais, incluindo os piores manicômios do mundo, que a 'liderança' venezuelana forçou a entrar nos Estados Unidos". "TIRE-OS DO NOSSO PAÍS AGORA MESMO", disse seguido das habituais letras maiúsculas.

A declaração foi feita em meio ao crescimento das tensões entre as nações. Um dia antes, o governo venezuelano acusou Washington de conduzir uma "guerra não declarada" no Caribe e solicitou à ONU uma investigação sobre os ataques a navios que, de acordo com os Estados Unidos, transportavam drogas. Pelo menos 14 pessoas morreram como resultado das ações nas últimas semanas.

Os incidentes ocorrem durante uma extensa operação militar dos Estados Unidos na área, caracterizada por Washington como uma ação de combate às drogas. O dispositivo abrange o envio de navios de guerra para a costa venezuelana e de caças F-35 para Porto Rico, representando a maior mobilização militar americana na região caribenha em várias décadas.

Na sexta-feira passada, dia 19, o presidente compartilhou na Truth Social um vídeo mostrando uma embarcação venezuelana sendo abatida no mar do Caribe, supostamente por transportar drogas para os Estados Unidos. Nas últimas semanas, este é o terceiro barco que os Estados Unidos interceptam.

Pelo menos 14 pessoas perderam a vida durante esses ataques. Trump afirma que os navios estavam em águas internacionais, na região sob responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos. "Parem de vender fentanil, narcóticos e drogas ilegais na América e de cometer violência e terrorismo contra os americanos", publicou na Truth Social.

De acordo com a agência Reuters, o ditador venezuelano Nicolás Maduro teria proposto iniciar negociações diretas com as autoridades dos Estados Unidos. Ele afirmou publicamente que o país está sendo alvo de uma "agressão" por parte dos Estados Unidos, que estariam buscando um conflito armado. "Não é uma tensão. É uma agressão em todas as linhas: judicial, quando nos criminalizam; política, com suas ameaças diárias; diplomática e militar. E a Venezuela está protegida pelas leis internacionais para responder a essa agressão", disse.

 


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