Há uma semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez piada das milícias recrutadas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para defender o país dos Estados Unidos. Em rede social, ele postou um vídeo com imagens da população em treinamento, dizendo que seria uma ameaça "muito séria".
Mas, afinal, o que se sabe sobre essas milícias? Os EUA têm aumentado sua presença militar no Caribe, e atacaram embarcações venezuelanas com o pretexto de combater o narcotráfico. Em resposta ao que chama de ameaça americana, Maduro ordenou o treinamento militar de civis.
Foram organizadas jornadas de treinamento para funcionários de empresas estatais, e foi anunciada a criação de 5.300 unidades comunitárias de milícias encarregadas de fazer exercícios de defesa com civis.
Fontes ouvidas pela DW na Venezuela afirmam que a maioria dos convocados são pessoas em situação de pobreza. E grande parte são idosos, já que muitos jovens foram embora do país.
Segundo Maduro, mais de 8,2 milhões de pessoas estão alistadas na Milícia Nacional Bolivariana, um braço das Forças Armadas formado por civis.
Acontece que ninguém sabe o número real de pessoas que estão recebendo treinamento militar. O regime também não revela seu método de recrutamento.
Mas fontes ouvidas pela DW dizem que pessoas pobres, que dependem de ajuda do Estado, são coagidas a se alistar.