Em meio a tensão na Venezuela, Brasil realiza em Roraima o maior exercício militar conjunto do ano

Militares do Exército, Marinha e Forças Aéreas participam de exercício militar na região amazônica

01/10/2025 09h19 - Atualizado há 2 horas
Em meio a tensão na Venezuela, Brasil realiza em Roraima o maior exercício militar conjunto do ano
Foto: Ministério da Defesa

Em meio a tensão crescente na América Latina, o Brasil realiza o maior exercício militar conjunto de 2025 nos próximos dias em Roraima, Amapá, Amazonas e Pará.

A Operação Atlas é coordenada pelo Ministério da Defesa – que reúne Marinha, Exército e Aeronáutica, em prol de um esforço integrado para aprimorar a atuação das Forças Armadas no território amazônico. Mais de 8 mil militares, além de 1,2 mil meios operativos participam do exercício.

Com atividades terrestres previstas entre os dias 2 e 11 deste mês, exercício militar conta com ações que envolvem seis estados.  Além dos militares da marinha, aeronáutica e exército, a mobilização também terá o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, maior navio de guerra da América Latina.

Após compor a Operação Atlas, o navio vai apoiar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). Para o chefe do Ministério da Defesa, José Mucio, treinamento militares são realizados de forma constante para aprimorar a prontidão das tropas e garantir a defesa e soberania do país.

“A Operação Atlas integra o ciclo de exercícios do Ministério da Defesa, com foco no aperfeiçoamento do deslocamento estratégico e na integração entre Marinha, Exército e Aeronáutica no ambiente amazônico, o mais desafiador que temos em nosso território. Essa operação de 2025, em especial, terá dupla função: além do exercício, os militares também apoiarão as atividades da COP30, no estado do Pará”, reforçou.

Operação Atlas

Com ações no Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Pará e Roraima, o exercício envolve o deslocamento estratégico de recursos humanos e materiais de diferentes regiões do País para a Amazônia.

A atividade conta com o emprego de meios terrestres, aéreos e fluviais, com a realização de ações em diferentes cenários: nos rios, em terra firme, no mar e no espaço aéreo. O objetivo é ampliar a capacidade das Forças atuarem de forma coordenada, bem como testar os sistemas de Comando e Controle em um ambiente desafiador como a região amazônica.

O Plano Operacional da missão prevê a atuação de aproximadamente 8,6 mil militares e 1,2 mil meios operativos. A Marinha empregará 4.619 militares, 46 embarcações, 247 meios de Fuzileiros Navais incluindo viaturas blindadas (Astros e Clanf), além de 12 helicópteros.

Já o Exército contará com 3.607 militares, 434 viaturas leves e pesadas, 40 blindados (Astros, Guarani e Leopardo) e 7 helicópteros. Por sua vez, a Força Aérea reunirá 410 militares, 21 aeronaves (transporte, patrulha, caça e helicóptero), além de 3 satélites.

Tensão na Venezuela

Nos últimos dias, os Estados Unidos aumentou a presença militar na Costa Venezuelana, o que gerou receio de uma pessível invasão. No último sábado (27), a Venezuela realizou simulações de preparação para possíveis desastres naturais e conflitos armados.

A mobilização se soma a alistamento de civis na reserva militar, exercícios militares em quartéis e treinamento em comunidades populares. Já nesta terça-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o país vai “monitorar”, a partir de agora, a passagem de drogas via terrestre na Venezuela.

“A Venezuela tem sido muito perigosa no que se refere a drogas e outras coisas. Vamos ver o que acontece com a Venezuela”, declarou a jornalistas. “Agora vamos monitorar os cartéis”, advertiu Trump. “Vamos monitorar rigorosamente os cartéis que levam [a droga] por terra”, acrescentou.

“Tínhamos muitas drogas entrando pelo mar”, explicou. Atualmente “não há mais lanchas, não há barcos de pescadores, não há nada”, afirmou.

O país mobilizou oito navios de guerra, com milhares de fuzileiros a bordo, além de pelo menos dez caças F-35 em Porto Rico como parte de sua operação no Caribe. "É fabuloso o que a força pode fazer”, disse Trump aos militares.

 


FONTE: Comando Militar da Amazônia (CMA)
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