OPERAÇÃO NÊMESIS: Polícia Civil prende grupo que se passava por policiais para cometer roubos em Boa Vista

01/10/2025 10h23 - Atualizado há 2 horas
OPERAÇÃO NÊMESIS: Polícia Civil prende grupo que se passava por policiais para cometer roubos em Boa Vista
Fotos: Divulgação/Polícia Civil/RR

A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio do 5º DP (Distrito Policial), deflagrou nesta terça-feira, dia 30, a “Operação Nêmesis”, resultando na prisão de quatro indivíduos e no cumprimento de dez mandados judiciais, sendo seis de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. A ação da Polícia Civil teve como objetivo proteger a população e combater grupos criminosos audaciosos, que se passam por policiais civis para invadir residências, simular blitzes e praticar diversos crimes em Boa Vista.

De acordo com o delegado do 5º DP, Igor Silveira Alencar, o grupo investigado é responsável por dezenas de crimes na capital. "Eles se passavam por policiais civis para ludibriar vítimas, cometer roubos e violência física, estourar bocas de fumo e agir contra rivais ou pessoas recém-chegadas à cidade, como ‘garimpeiros’ com dinheiro, ouro ou drogas", explicou o delegado.

As quatro pessoas presas nesta operação respondem pelos crimes de roubo majorado, pelo concurso de quatro pessoas e emprego de arma de fogo. "Trata-se de um grupo grande e interligado, que atua com pessoas diferentes em momentos distintos, dificultando sua identificação", acrescentou Igor.

A operação teve como foco os autores de um roubo ocorrido em 20 de junho de 2025, no bairro São Bento. Na ocasião, os criminosos utilizaram um Toyota Corolla prata, distintivos falsos e balaclavas para invadir o apartamento de uma vítima que havia chegado recentemente do garimpo, rendendo-a e subtraindo dinheiro, joias e outros pertences.

A investigação durou cerca de três meses, com diligências detalhadas, análise de crimes anteriores e coleta de provas robustas, permitindo a representação judicial pelos mandados de prisão e busca e apreensão, deferidos pelo Poder Judiciário com parecer favorável do Ministério Público.

Nesta terça-feira, 22 policiais civis atuaram em seis equipes, cumprindo mandados nos bairros Aeroporto, Caranã, Mecejana, São Bento e 13 de Setembro. Durante as buscas, foram apreendidos porções de substância análoga à maconha, balanças de precisão, rádios comunicadores e outros materiais de interesse para a investigação.

Foram presos durante a operação: Z.G.M.R., de 18 anos; A.L.S.A., de 30 anos; R.V.S.S.G., de 26 anos; e J.V.F.F., de 23 anos.

Jonathan Henrique Freese; do delegado Guilherme Lima Peres, também do 4º DP; e do delegado Carlos Henrique Freitas, da Delegacia-Geral de Homicídios. Equipes do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) e do GRI (Grupo de Resposta Imediata) também participaram, garantindo a execução segura da ação.

O delegado Igor reforçou que a Operação Nêmesis é uma resposta firme a um crime de extrema audácia, no qual os criminosos usaram o nome da instituição policial para aterrorizar suas vítimas.

"Em todas as ações, o grupo simulava uma abordagem da Polícia Civil, atentando gravemente não só contra suas vítimas, mas contra a imagem da instituição, a boa-fé pública e o princípio da confiança que a população deposita em seus agentes. Nosso trabalho é contínuo, integrado e voltado para assegurar a segurança e a ordem pública", destacou.

Após a operação, os presos foram encaminhados à sede do 5º DP e serão apresentados na audiência de custódia nesta quarta-feira, (1º).

Esta é a segunda operação da PCRR no mês de setembro voltada a combater um grupo criminoso que se passa por policiais civis para cometer crimes. A primeira operação aconteceu no dia 11 de setembro, coordenada pelo 4º DP, e resultou na prisão de três integrantes: C.G.J., 40 anos; C.D.M.A., 25 anos; e A.V.S., 20 anos, com outro investigado ainda foragido. O grupo simulava abordagens policiais, invadia residências e pontos de tráfico, subtraindo dinheiro, celulares e drogas.

NÊMESIS - O nome da operação, “Nêmesis”, remete à deusa grega da retribuição e da justiça divina, simbolizando a resposta do Estado contra aqueles que desafiam a autoridade e a lei.

FONTE: Polícia Civil/RR
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://peronico.com.br/.