A reaproximação do Brasil com a Venezuela no governo Lula garantiu, ao longo dos seis pimeiros meses de mandato do petista, ao menos 12 compromissos oficiais do presidente e de integrantes do primeiro e segundo escalões para discutir a relação com os venezuelanos.
Segundo levantamento feito com a ferramenta Agenda Transparente, da agência de dados independente “Fiquem Sabendo”, a maior parte desses compromissos oficiais foi de reuniões bilaterais, incluindo os encontros de Lula com o ditador Nicolás Maduro.
Só o presidente brasileiro registrou em sua agenda quatro reuniões oficiais com autoridades da Venezuela. Três delas durante a visita de Maduro ao Brasil, no final de maio. A outra foi o recebimento das credenciais do novo embaixador venezuelano no país, Manuel Vadell.
Dois ministros de Lula também estão na lista. Renan Filho (Transportes) esteve com o embaixador Vaddel em 17 de maio para uma visita de cortesia. Já Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) teve reunião de cooperação bilateral com seu par venezuelano, Rubens Diniz Tavares, em 21 de maio.
Segundo escalão
Autoridades do segundo escalão do governo Lula, por sua vez, concentraram as reuniões sobre a relação Brasil/Venezuela até abril. A primeira foi em 1º de fevereiro na Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária de Roraima, para tratar da exportação de bovinos de reprodução para a Venezuela.
Em março foram mais quatro reuniões. A principal delas aconteceu no dia 14, quando o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Irajá Lacerda, se encontrou com autoridades do estado de Roraima para debater as relações comerciais entre Brasil e venezuela.
Em abril houve apenas uma reunião, dessa vez no Itamaraty. O embaixador da Venezuela se reuniu com a secretária-geral do Ministérios das Relações Exteriores brasileiro, Maria Laura Rocha, para compartilhamento de informações sobre a cúpula dos países amazônicos que ocorrerá em agosto.