A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que mais uma aeronave - a segunda - utilizada para o transporte ilegal de garimpeiros e o escoamento de minérios foi incendiada na Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima. O avião foi localizado durante uma ação conjunta das Forças Armadas, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Não foram encontradas pessoas no local.
A aeronave foi encontrada em uma pista de pouso clandestina situada a aproximadamente 100 quilômetros ao sul de Boa Vista, em Roraima. De acordo com a FAB, só é permitido nessa região o tráfego aéreo de aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Yanomami, desde que previamente submetidas a processo de autorização de voo.
No dia 6, quando foi retomado o fechamento do espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami, em uma operação conjunta entre as Forças Armadas, o Ibama e a PRF, já havia sido destruída uma aeronave em solo e efetuado a prisão de dois homens em uma pista clandestina de garimpo ilegal, dentro da TI. Foi a primeira ação de policiamento após o fechamento do espaço aéreo sobre a reserva.
Foi estabelecida uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) no espaço aéreo da Terra Yanomami, com a proibição do tráfego aéreo. As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela FAB estão sujeitas ao policiamento do espaço aéreo (MPEA), o que inclui a identificação do avião, pedidos de mudança de rota e pouso obrigatório, tiros de advertência e os chamados tiros de detenção, que são disparos para provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora.