08/08/2023 às 18h36min - Atualizada em 08/08/2023 às 18h36min
GOLPE IMOBILIÁRIO - Moradores do loteamento Mangueirinha pedem apoio de deputados para intermediar regularização de área em Boa Vista.
Parlamentares se prontificaram a articular manifestação do Estado em favor das famílias do local.
- Fonte: SupCom Assembleia
Moradores do loteamento Mangueirinha buscaram apoio da Assembleia Legislativa para regularizar situação. Moradores do loteamento Mangueirinha, situado às margens da RR-205, em Boa Vista, buscaram apoio e foram recepcionados por uma comissão de parlamentares nesta terça-feira (8), na Assembleia Legislativa de Roraima. Eles pedem apoio do Poder Legislativo, pois há três anos vivem a insegurança imobiliária após caírem em um “golpe” dado por uma empresa do ramo ao vender terrenos de terceiros e objeto de judicialização pelo proprietário.
Há sete anos, uma empresa imobiliária pôs à venda 212 lotes na região do bairro Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista, com facilidade de pagamento para entrada de R$ 3 mil, aproximadamente, e parcelas acessíveis que variavam de R$ 350 a R$ 500. Mas nos últimos três anos, os atuais proprietários com processo de compra e venda correm na Justiça pelo direito ao bem, após o verdadeiro dono da área contestar a legitimidade e mover ação de despejo.
De acordo com a moradora Cláudia Rossana, 150 famílias habitam o local com casas construídas e infraestrutura montada por elas mesmas, ou seja, os próprios moradores abriram poço artesiano, organizaram as ruas e instalaram a iluminação pública. “Estamos aqui para pedir apoio, precisamos de uma reposta urgente do governo do Estado”, disse.
Em 2022, a Assembleia Legislativa promulgou o Decreto Legislativo nº 32/2022 que torna a área como de interesse social para fins de regularização fundiária. A região pertence ao governo do Estado.
A reunião foi conduzida pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos). “Estamos conversando como Executivo, por intermédio do Iteraima [Instituto de Terras de Roraima], da Comissão de Terras [da Assembleia Legislativa] para que o governo se manifeste nesta ação, haja vista que a região consta como de propriedade do Estado que é o real proprietário e procure responsabilizar a imobiliária que aplicou o golpe nestas famílias”, contou.