04/11/2023 às 06h57min - Atualizada em 04/11/2023 às 06h57min

Nova crise na mesa de Lula: Venezuela ameaça anexar a Guiana.

Cleptocracia de Nicolás Maduro aumentou a instabilidade política na América do Sul: deslocou tropas e ameaça anexar área do Essequibo, na Guiana, com grandes reservas de petróleo.

Rio essequibo divide Guiana e Venezuela. A região é disputada pelos dois paises há mais de 100 anos.
O presidente Lula está diante de uma nova e grave crise diplomática: Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, deslocou tropas para a fronteira com a Guiana e ameaça anexar dois terços do território desse país depois do domingo 3 de dezembro, quando pretende legitimar em referendo a criação de um “Estado da Guiana Esequiba”.

O governo da Guiana pediu na segunda-feira (30) a intervenção imediata da Corte Internacional de Justiça, conhecida como Corte de Haia, organismo das Nações Unidas com jurisdição sobre conflitos entre estados.

O primeiro-ministro de Guiana, Mark Anthony Phillips, esteve em Washington na quarta-feira (1) e obteve garantia de apoio do governo Joe Biden. Em seguida foi à sede da Organização dos Estados Americanos onde apresentou evidências de que a Venezuela está concentrando tropas e construindo um aeroporto militar na fronteira.

Phillips ouviu do embaixador brasileiro na OEA, Benoni Belli, aquilo que a muitos pareceu uma oferta de mediação lastreada na experiência secular do Itamaraty de solucionar conflitos pela via diplomática. “O governo brasileiro” — disse — “tem defendido sempre a solução pacífica da controvérsia territorial entre Venezuela e Guiana no contexto dos mecanismos previstos quarto do Acordo de Genebra de 1966.”

Belli qualificou a crise entre Venezuela e Guiana como assunto “sensível” para o Ocidente e “para o Brasil, em particular, por envolver dois países vizinhos e sócios importantes”.

O embaixador americano na OEA, Francisco Mora, afirmou que os Estados Unidos “consideram inaceitáveis os esforços [da Venezuela] para desrespeitar a soberania da Guiana”. Disse que seu país apoia “uma solução pacífica” por decisão do organismo judicial das Nações Unidas ou por acordo entre as partes.

Maduro retirou a Venezuela da OEA em 2017 e tem repetido que não aceita decisões da Corte de Haia. A disputa territorial Venezuela-Guiana começou há 134 anos. Até agora, a ex-Guiana Inglesa venceu o caso em praticamente todas as instâncias internacionais de arbitragem.

 
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